sábado, 22 de maio de 2010

A SAÚDE QUE VEM DA NATUREZA

A SAÚDE DA NATUREZA

PROFESSOR/QUÍMICO
ELOI INÁCIO KUHN
CRQ 13100429

Nesta pequena análise, pretendemos trazer um pouco da nossa linha de pensamento sobre o meio, construído com base histórica da evolução, hora sendo, parte do meio, que mantém o equilíbrio sobre este pequeno espaço conhecido como planeta Terra.
E por falar em planeta, qual será a razão de só aqui ter vida da forma como a conhecemos?
Um conjunto de respostas está ao olharmos pela janela e sermos abraçados pelos raios da imponente estrela, conhecida por Sol!
Mas afinal, o que é o Sol?
O que tem de interessante, que, quanto mais o estudamos, tanto mais suas revelações nos surpreendem!?
Naquela estrela, eternas explosões acontecem, mantendo radiações constantes sobre os planetas do Sistema Solar!
Mas, porque só a Terra tem vida inteligente?
Se olharmos nossos planetas vizinhos, podemos concluir que uma das respostas é a exata distância que há entre o Sol e a Terra. Marte, por exemplo, tem um ambiente atmosférico totalmente diferente da Terra.
Nossa atmosfera é viva! O ciclo do carbono acontece, CO2 (dióxido de carbono), com o CH4 (metano). Junto com outros gases, mantém este ciclo inalterado há milhares de anos, dando condições para que, a partir da atmosfera viva, a vida se fizesse, e, em metamorfose constante, os seres evoluíssem ao estágio como os conhecemos!
Nós vivemos entre dois fogos. O Sol do lado externo, e o magma no núcleo interno, mantendo a temperatura em condições de ter uma rede de vida que se completa por auto sustentação.
Segundo os abaixo citados possuímos aqui, os quatro elementos “sagrados” que proporcionam entre si, um emaranhado que, transforma, a matéria-prima em vida! Segundo Agostinho Mário Dalla Vecchia, em (Educação integrada à vida. 2002:23),e Capra, entre outros, chamam de “teia da vida” pois, consideram que o universo se organiza em função da vida (Góis, 1999:15).
O Princípio Biocêntrico, segundo(Toro), e o Princípio Entrópico(Wheler) assim como Lovalock e Margulis, compreendem a vida como algo maior, colocando o homem no centro da teia, levando em consideração sua capacidade e razão, pela qual insistem sermos diferentes dos demais seres que habitam o planeta.

As inter relações e a interdependência primam nosso parecer.
Em contradição aos citados, entendemos que a vida de tudo e de todos está no centro da cadeia. O ciclo de vida se torna mais interessante quando visto de fora! Se olharmos o funcionamento da teia como um todo, onde uns estão a serviço da vida dos outros, percebemos com muita clareza as necessidades de cada ser vivo participante deste complexo enramalhado, sustentado por todos elementos que compõe o planeta. Um dos maiores cientistas químicos de todos os tempos, em uma das missões ao satélite natural da terra, para tentar entender a origem e o funcionamento do planeta em tudo que o compõe, em suas falas, destaca nossa atmosfera, seus componentes e composição, como únicos, em todo sistema solar.
Mas, como teria se formado essa atmosfera?
Sendo o Sol responsável direto por tudo que acontece no sistema, com sua radiação sobre o Planeta Terra, interferindo sobre a grande quantidade de água existente, transformando esta “calda” cheia de nutrientes em um berçário da vida cerca de 570 milhões de atrás, cuja principal característica era a autoduplicação. Na seqüência a formação de sistemas cada vez mais complexos, capazes de realizar certos de tipos de reações químicas que permitiam obter energia e sua utilização para manutenção da organização molecular ajudando em seu crescimento e reprodução. Os cientistas acreditam que os atuais mais semelhantes aos primeiros seres vivos que habitaram o planeta sejam as arqueas. (antigamente chamadas de arqueobactérias), capazes de viver em ambientes inóspitos como fontes de águas quentes, lagos salgados e pântanos, formando a vida da era Pré-cambriana. Durante milhões de anos a vida se manteve naquele ambiente.
As altas temperaturas e as eras glaciais em todos os períodos aprimoraram o planeta, fazendo com que todos os gases, provenientes dos ajustes das placas tectônicas e explosões vulcânicas, em contato direto com a radiação, formassem uma camada em torno da Terra, por causa da sua gravidade. Essa camada foi absorvendo cada vez mais as violentas radiações, dando condições de vida; tornou-se um escudo protegendo o planeta e os seres que se desenvolveram, adaptando-se em metamorfose constante à movimentação da Terra e às interferências dos planetas do sistema solar, bem como, à energia captada do espectro com suas ondas benevolentes despejadas pelo Sol.
Outro passo importante da história da vida foi o aparecimento dos seres eucariontes “multicelulares” Isto é, constituídos por muitas células. Com esta estratégia as células resultantes da multiplicação de uma célula inicial passaram a viver em conjunto e dividir tarefas de sobrevivência, dando posteriormente origem aos tecidos e órgãos dos organismos multicelulares, constituindo os seres da era Paleozóica.
Com base nas teorias afirmando que a vida se formou em condições inóspitas de altas temperaturas; as provas foram buscadas por expedições ao fundo do mar, nas crateras abertas onde às temperaturas das águas são de 180 graus Celsius. A água que em temperatura ambiente seria vapor, por causa da pressão se mantém líquida e repleta de vida.(Ver: planeta azul vídeos).
Caranguejos, corais e dezenas de espécies convivem em ambientes carregados de sulfatos e seus derivados, totalmente hostis às condições de vida, como as conhecemos sobre o planeta. Assim durante todo tempo e período Siluriano a vida estava restrita aos mares.
Aqui sobre a Terra, a vida se fez a partir provavelmente de um grupo de algas verdes, começaram surgir às primeiras plantas dotadas de adaptação que permitiam viver fora da água.
A presença de pequenas plantas em terra firme criou condições para que animais também pudessem sair da água para ambiente seco e de ter abrigo e comida.
Os insetos e os aracnídeos foram provavelmente os primeiros seres a se adaptar em terra firme, seguido de uma linhagem de peixes primitivos conseguiram se adaptar em terra firme dando origem aos anfíbios.
Os primeiros vertebrados de que se tem algum vestígio foram os peixes que viveram no período Ordoviciano há cerca de 480 milhões de anos, estes não tinham mandíbulas e são os ancestrais diretos dos peixes agnatos atuais (lampreia), eficientes na captura de alimentos.
No período Devoniano entre 408 e 360 milhões anos os mares eram dominados por seres dotados de mandíbulas.
Já sobre a terra em torno de noventa por cento da vida é aeróbica, isto é, necessita de oxigênio para sobreviver, enquanto o restante dos seres, bactérias entre tantos outros, são anaeróbicos, vivem sem o oxigênio.
Estas não são, todavia, os únicos ambientes em que encontramos vida! No golfo do
México foi descoberto outro ambiente de vida sem a interferência do sistema solar, onde o gás metano é o suprimento alimentar dos seres! Isto, só vem reforçar a tese que vida em seu todo, se adapta por metamorfose ao habitat onde está inserida. Vejamos os lixões em torno do planeta, abandonados pelos órgãos públicos, onde centenas de milhares de metros cúbicos de biogás se volatilizam, contaminando a nossa atmosfera, lá esta a vida imponente!. Será que plantas, animais e micro-organismos que lá vivem não se sentem bem? Pelo contrário, crescem soberbas, saudáveis ajudando a natureza recompor aqueles ambientes, degradados pela ação do homem e suas engenhosas descobertas ou por ação da natureza, em meio a toda sorte de contaminações, materiais e patologias levando milhares de anos para reintegrá-los ao meio para que o ciclo da vida aconteça!
Mas o que é a vida?
Não seria vida, um conjunto de ações do ambiente sobre a matéria-prima? Isto é, vida é parte do ciclo do carbono, associado ao ambiente sólido, líquido e gasoso do planeta com, ou sem interferência direta ou indireta da luz solar com isto, hoje somos vida, amanhã seremos parte do ambiente em forma de: gás, (odores da putrefação) no ar que plantas e animais utilizam; líquida, (o corpo é + ou - 80 % de água) estaremos chegando a alguma fonte, e seremos consumidos por alguém; sólido, (nos minerais que compõem os corpos) algum animal ou planta encaminhará suas raízes em direção aos nossos restos para suprir suas deficiências minerais. Portanto, em todos os animais, plantas, com suas vistosas flores e frutos, no ar e nas águas estão presentes características evolutivas de reestruturação da matéria, contribuindo nesta infinita teia cíclica, para qual, durante milhões de anos, outros seres contribuíram e continuam contribuindo.
De forma particular, somos nós, os únicos seres interessados a entender este complexo processo, enquanto a vida é tão simples para grande maioria dos habitantes do planeta que seguem o ciclo natural: nascer, crescer, reproduzir e morrer, garantindo apenas a perpetuação das espécies, muitas vezes com apenas algumas mutações de adaptação em milhões de anos!
Desde que o homem incorporou o fogo ao seu cotidiano, vem criando uma dependência muito grande desta ação crucial para vida como a conhecemos.
O fogo é fonte de água, luz e calor, sua participação é imprescindível para formação do efeito estufa que mantém a temperatura do ambiente em uma constância impressionante refletindo e absorvendo as radiações transformando-as em luz.
Ou será que o efeito estufa não é bom?
Pergunte para os horti-fruti granjeiros que fazem enormes investimentos em estufas para garantir o suprimento alimentar da população! Ou as plantas, que crescem com grande desenvoltura se comparada ás condições fora da estufa!
Então, para quais espécies não são interessantes, efeito estufa?
Para nós ser humano, é claro, por nos termos acostumado a uma certa temperatura e o ciclo de adaptação pode ser longo e penoso, extinguindo os mais fracos (seleção natural) ou fortalecendo outros!


E nós humanos podemos ser extintos?

Com certeza! Todos os dias passamos pela seleção natural, pela qual a natureza elimina os mais frágeis para substituí-los por novas espécies que vem para ocupar os espaços no ambiente e cadeia alimentar!
Você acha mesmo que os dinossauros foram extintos? Ou só aqueles que, como hoje centenas de espécies que se extinguem anualmente, por não mais se adaptaram ao ambiente!
As tartarugas, peixes, insetos pré-históricos que ainda convivem conosco não são da mesma época?
As baleias, os golfinhos são mamíferos e vivem na água! Não possuem características de animais terrestres?
Então como chegaram até lá?
Ou mudaram de ambientes para se ajustar ás condições do planeta!
As baleias possuem dois orifícios nasais enquanto o golfinho só possui um!
Quer dizer que não migraram na mesma época?
Com certeza, porque será que estes animais são considerados os mais inteligentes do reino das águas?
Certamente perceberam que as necessidades vitais, não eram mais compatíveis e como nós migramos, elas migraram, mas, para as águas!
As tartarugas, cágados e seus parentes próximos, desde a pré -história, não se modificaram muito, apenas pequenas adaptações, porque se deram tão bem, que mudanças drásticas não foram necessárias!
Os peixes do fundo dos oceanos são chamados de fósseis vivos, será que não estão bem ambientados?
Com certeza sim, senão já estariam na lista dos extintos!
Mas qual o papel da água em nosso planeta?
De onde, este líquido vem?
Segundo cientistas ela está aqui desde o primórdio dos tempos!
Nosso planeta é formado aproximadamente dois terços de água e um terço de parte sólida (terra, rochas etc..).
De onde veio então?
Da formação de todo sistema planetário. Se foi á base de fogo e explosões, então Lavoisier está correto, com a lei da conservação das massas, que resumidamente diz: “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.Pois, toda combustão de matéria orgânica (sólida, líquida ou gasosa) produz CO2, CO e C, dependendo da quantidade de oxigênio participante da combustão e H2O, mais calor.
Sendo esta uma reação exotérmica, libera calor, em função dos reagentes (combustível + gás oxigênio) possuírem energia a mais do necessário para produzir CO2 e H2O, por exemplo, que é aproveitada para nossas atividades do cotidiano ou se perde no espaço.

H2O onde, segundo dados químicos um átomo de oxigênio se une a dois átomos de hidrogênio, ambos gases violentos em suas reações, mas que juntos formam, um composto indispensável e de tamanha utilidade.
A parte sólida do planeta, fruto de milhões de anos de ajustes e transformações, é, com certeza o que nos mantém e mantém a base de âncora da vida, como parte do conjunto do qual dependemos e nos apoiamos. O desgaste e interferência das intempéries ao longo do tempo moldaram cada centímetro deste que mantém a rede seqüencial da vida.
Portanto, tudo que sustenta a vida em nosso planeta é daqui mesmo! Surgiu aqui e serve para quem vive aqui.
Mesmo os sintéticos, que de certa forma detestamos, também são daqui! Se a nossa capacidade de transformação da matéria evoluiu, a ponto de produzirmos algo novo totalmente diferente do que a natureza nos deu, precisamos saber que este material é invenção nossa e sobre ele temos responsabilidade perante o planeta e sua população. Não bastam campanhas, confusas ou tentar achar culpados, e sim incorporá-los com responsabilidade tendo em mente a reciclagem destes materiais, bem como seu melhor uso. Para isto convocamos os profissionais em educação, para destacar os benefícios e necessidade de novos avanços tecnológicos, diante da população mundial que apresenta crescimentos absurdos, torna-se necessário achar alternativas mais viáveis para o sustento desta, cada vez mais vulnerável em função da fragilidade e das condições impostas por um planeta que começa mostrar claro, seus limites em todos os sentidos.
Portanto, cabe ao homem, com sua inteligência e capacidade de transformação, impor limites regulamentados a densidade demográfica, bem como, a pesquisa de alimentos, remédios e toda ordem de suprimentos para dar qualidade de vida a todos os seres que vivem e dependem do nosso planeta.
Um controle racional se faz necessário, em toda ordem de materiais extraídos da natureza, sejam eles destinados, as primeiras necessidades ou para fabricação de supérfluos.
Como a natureza tem um ciclo mais lento que as nossas necessidades, propomos que cada um faça sua parte no controle conscientizando-se, que, sua vida depende da vida do planeta! E que as futuras gerações só sobreviverão se a conservação e a reciclagem forem uma constante em nossos hábitos de vida!
Por isso, se faz necessário a formação e visitação de espaços próprios para o estudo e o entendimento da natureza, bem como, a construção de tais espaços, podendo ser a confecção de hortas e canteiros com plantas e alimentos medicinais, em terrenos, chácaras ou similares, com controle e consciência para o bem estar do planeta, e por uma saúde com mais qualidade, onde, crianças, jovens e adultas, poderão redimensionar, seus conhecimentos e provocar uma mudança do conceito, diante do tradicional implantando uma consciência com soluções alternativas.

Projetos de tal ordem ainda são pouco, ou com certa deficiência na comunidade educacional, seja, por falta de informação ou falta de incentivo da mais diferente ordem.
A solução dos problemas locais, e por conseqüência de seu esforço solucionarão os mundiais.
Esperamos também, abrir um amplo campo para uma discussão franca e aberta, que tenha como cunho, uma reestruturação contínua, para qualidade de vida e a saúde do no planta.



Chapecó maio de 2010