quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

AXIOLOGIA -->METAMORFOSE EDUCACIONAL CONTEMPORÂNEA

METAMORFOSE EDUCACIONAL CONTEMPORÂNEA


RESUMO Por: Elói Inácio Kuhn
Mestrando


Neste trabalho abordaremos temas esquecidos ou diluídos em um tempo bem próximo passado, ou seja, em nosso país diluiu-se ou está se diluindo em metamorfose constante, mas de maneira assustadora desde o período pós-ditadura. Ante o grave indicativo de um negro porvir, faz-se necessário reescrever a nossa escola, e de certa forma em grande parte do planeta. Partindo de um pressuposto de que as leis e regras dos países necessitam serem reescritas e a partir delas uma nova abordagem para educação, e em conseqüência para o mundo. Para o nosso país teremos que pensar que cidadãos queremos, Ou, que tipo de sociedade é a ideal? Para qual sociedade ideológica vamos pender e qual será a ideologia das gerações vindouras?
Em nossa modesta leitura sobre os diferentes temas com uma mescla metamórfica em nossa formação “kantiana construtivista-sócio-interacionista” analisaremos e vamos trabalhar um olhar metamórfico da educação com interpelações muitas vezes utópica e argumentações em nossa tese aqui chamada; “PEDAGOGIA DIALÉTICA-CRÍTICO CONTEMPORÂNEA”.

Palavras-chave; valores, moral, ética, sujeito ético, sujeito comunitário e sujeito comunicativo


“Gosto de ser gente porque, inacabado, sei que sou um ser condicionado, mas, consciente do inacabamento, sei que pode ir mais além dele.” (PAULO FREIRE, 1999. P.59).

Como posso crescer e me fazer cidadão em uma sociedade que nos instiga negar nossas raízes sócio-culturais, nossa genética, nossa visão de mundo, nosso medos, nossas angústias, enfim, nosso passado?
Com essa pergunta travo uma luta de adaptação de conhecimento e conduta com as novas tendências de aculturamento universal, onde as mídias de massa nos levam a crer que mudanças abruptas são necessárias, massificações de ideologias e tendências nas mais diferentes áreas do conhecimento e convivência do ser humano, com emoldurações globalizadas, onde, ideologias, costumes, marcas e tendências de moda tentam a todo custo impor modos e costumes universalizados.
Devemos tomar cuidado ao prepararmos nossa proposta-política-pedagógicos(PPP)[1] , para não discriminar nenhuma ao destacar toda esta riqueza cultural que tem sua influencia direta sobre a educação. Especificamente sobre o educando que com suas raízes, muitas vezes sente-se excluído do “novo” grupo, podendo nunca ser compreendido, passando a renegar as práticas escolares excludentes impostas através de um currículo unificado para um país continental, ou pela má formação dos profissionais não levando em conta todo conhecimento pré-existente ao conhecimento escolar fazendo com que muitos costumes e culturas sociais sejam abortados pelos membros dos grupos, e não mais, se identificando com suas raízes, normas e costumes quando do seu retorno, após convívio, e formação na cultura acadêmica.
É sabido que cada ser, cada indivíduo traz em suas essência traços culturais que ditam normas de convivências entre os seres do grupo, bem como, toda uma gama referencial de comportamento, suas raízes de origem, além da cultura local (popular).
A educação (cultura acadêmica)[2], ou seja, aquela ditada em salas de aula, tem por princípio promover mudanças relativamente permanentes no indivíduo tentando uma homogeneização, um desenvolvimento integral e uniforme da sociedade. Todavia, é uma política muito questionável[3] e se este objetivo será atingido em razoável plenitude em face do conhecimento anterior do educando, sua resistência a mudanças, ao desenvolvimento bio-psico-social e seus vínculos comportamentais em relação ao mundo que o cerca na maior parte de sua vida.
Num primeiro momento é necessário entender que nenhum educando chega à escola analfabeto para o mundo, e que muitas vezes pessoas que não dominam a leitura e a escrita (culta) são mestres culturais em seus grupos, dominando o cultivo da terra, as ciências das plantas na saúde de seu povo, além da cultura dos alimentos, das ferramentas, armas para sua defesa e sobrevivência[4].
Não dista muito dos nossos dias em que os povos “cultos” invadiram grandes continentes onde viviam milhões de seres adaptados e em perfeita harmonia com o meio, com suas culturas distintas que com chegada de outros povos estão sendo tolhidos de sua cultura, perdendo sua identidade, suas características e estão fadados ao desaparecimento.
Para quem convive com está terrível realidade não pode pensar que estas invasões
e destruições tenham um fim social maior, ou de interesses sociais de paises dominantes, que diferença há entre os seres humanos “invadidos” e invasores?. Que valores predominam nesta situação?
Será a ambigüidade ou a dualidade inata do ser humano e seus fundamentos, [5] os individuais e ou sociais?
Com espírito da razão Kantiana necessito interrogar.
Onde está origem do conflito?[6] Da disparidade social? Onde estão os direitos universais dos cidadãos? Por que o “ter” está no comando de todas as ações globais? Com que moral ou ética os povos ricos se impões sobre os menos favorecidos?[7]
Tendo como exemplo os paises do primeiro mundo, com que moral ou ética invadem(iram) e impõe(useram) suas leis e normas ou em nome de uma guerra massacram tudo e a todos? Para quem foi criada corte penal internacional permanente?[8] Quem será julgado, seus criadores?[9]
Será esta a pedra fundamental para patamares sólidos em prol da ética, moral e dos novos e bons costumes?
Como podemos querer ou convencer um povo outrora massacrado, não vingue seus antepassados?
Como dizer a um filho ou neto de ex-escravos que somos povo de paz?
Com que moral vamos ensinar na historia do Brasil que terminou a escravidão com assinatura de papeis, e que de hora em diante somos iguais e temos os mesmos direitos?
Como eu educador, faço esquecer o “chicote” (moral, psicológico, laboral) de quem traz no semblante as marcar dos castigos hoje impostos por uma pequena maioria?
Diante destas perguntas temos que nos posicionar com um cajado de esperança ante ao povo para redirecionar todos os programas paternalistas usados por desencargo de consciência, com uma luz no final do túnel para evitar uma eminente convulsão social.
Por outro lado,[10] sabemos que uma infinidade de meios de comunicação informam instantaneamente o que acontece nos diferentes campos; humano, comportamental ou científico, muitas vezes ético e moralmente distorcido, confuso ou manipulado[11].
Neste novo século a educação estará submetida a uma obrigação que pode parecer utópica, trabalhar efetivamente e de forma maciça utilizando formas eficazes, múltiplos saberes evolutivos adaptados à civilização cognitiva, pois são as bases das competências do futuro.
Este será o papel da nova escola.
Alias, todos os modelos de escola foram bons em seus tempos sofrendo as mudanças exigidas em cada época, de formas nem sempre amistosas, mas sacramentadas de qualquer forma.
Em âmbito mundial, um corpo social de profissionais da escola laica, bem estruturada com uma ampla leitura, deverá incondicionalmente ter o aval e a credibilidade para propor de forma unânime metas e prioridades educacionais ante as milhares formas de representações de culturais e ideológicas, derrubando fronteiras, aproximando diferentes e desiguais para num embate sem precedentes, redimensionar as leis e regras “universais” para a viabilidade humana sobre planeta. Há exemplos a seguir, condutas e ideologias mais “humanas” e mais coerentes a serem vislumbradas.
Ao contrário do que acontece, de maneira isolada, em muitos paises como no Brasil e circunvizinhos, onde muitas vezes inaptos para a atividade em sala de aula são direcionados para atividades em secretarias onde “fabricam” normas errôneas a partir de uma leitura de mundo e bibliográfica parcial, que são impostas por regimes de governo sem a menor preocupação com sua aplicação e suas conseqüências, são despejadas por decreto lei[12] e faz-se cumprir, alias a educação é a única entidade que cumpre tudo o que tecnocratas de gabinete impõe.
Questiono. Onde está a capacidade do “bom” professor, para estas instâncias?
Será que nenhuma universidade forma profissionais com novas idéias, capazes de se impor?[13] Ou será que o rifle das ditaduras ainda ecoa entre os profissionais outrora censurados ainda em atividade? (alto comando).
Será que nosso silêncio será perpetuo?[14]
Quando vamos ser capazes de trazer as realidades e responsabilidades à luz da verdade?
Onde é que nós estamos falhando? Em nossa omissão? Ou em nossa frágil formação?
A quem interessa essa mediocridade de escolar dos paises pobres?[15]
Estamos fabricando números estatísticos para agradar entidades internacionais, com contos de fadas dando a entender que tudo está indo bem.
Alienado ao empirismo de Locke, que define a reflexão como nosso sentido interno, tentarei uma análise das minhas próprias idéias já compiladas e com certeza contraditórias em busca de soluções.
Em nível nacional, a solução síntese pode estar:
No transformar a consciência do povo com verdades e garantias...positivistas postas em nossa bandeira.(Ordem e Progresso)
Como ambientalista-construtivista (em parte)-interacionista e crendo que o ser humano é fruto do meio em que vive (Augusto Comte- “Ver para prever”), que em seu plano filosófico tem leve tendência “aos benefícios de industrialização” ora posta, mas, jamais perdendo o social de Durkheim de vista precisamos pensar.
O processo deve começar pelas organizações das comunidades, base de convivência do cidadão, formando células organizadas politicamente (associações de moradores, de mães, de idosos, de jovens de bairro etc) fortalecendo e tornando-se um micro-estado. As mudanças para as nações estão definitivamente nestes micro-estados, que são os átomos dos organismos nacionais.
Não podemos esperar ética ou moral de um sujeito que vive uma comunidade corrompida, em parte contrapondo a Jean Piaget, por ora sendo seguido em grande parte das entidades educacionais, que com sua filosofia mascara a influência do meio social, ao dizer, que o conhecimento não nasce com o indivíduo e nem é dado pelo meio físico social, porque é construído nas interações das possíveis condições do sujeito (sadio, bem alimentado, sem deficiências neurológicas, etc) e dos ambientes nos quais está inserido (classes sociais, castas). (Natalina S.B. da Silva-Filosofia de todos os tempos-2004 )
Nas escolas os educadores não devem supervalorizar os conteúdos escolares, mas transmitir uma mensagem de ética clara[16], com conhecimento de causa e ser exemplo, indicando a situação-problema que pode desencadear nos educandos a valorização e o interesse pelos estudos e estar abertos a alguma mudança habitual.
Assim a escola não existiria se o aluno estivesse “acabado” e é nela que se faz a construção do conhecimento “bons ou ruins”.[17], pois todos vão produzir um efeito cascata, cada um a seu tempo e ou pelo pré conhecimento do educando.
A escola não pode ser construtivistas-interacionistas ao todo[18], para não sejam esquecidos a cultura e raízes que trazem do meio social que é comum ao sujeito educando.
Por outro lado, a escola não deve servir de cabide de emprego nas diferentes esferas, para não fracionar a classe dos profissionais em educação, que devem ter suas próprias decisões, ante aos problemas imediatamente locais.
Ao analisarmos a conduta das pessoas nos diferentes países (pobres ou ricos) subdesenvolvidos o desenvolvidos, constata-se que a maioria adota um paradigma[19] prevalecendo o (espírito sobre a matéria, ou o ser sobre ter) de uma forma consciente usando-os como princípios de vida:
1º- A ética –como compromisso básico;
2º- A inteligência;
3º- A responsabilidade;
4º- O respeito pelas leis e regras e regulamentos;
5º- O respeito pelo direito dos demais cidadãos;
6º- O amor pelo trabalho;
7º- O esforço pela poupança e pelo investimento (diferentes áreas);
8º- O desejo de superação;
9º- A pontualidade;[20]
Estamos e somos assim por ver algo de errado e dizer “deixa pra-lá”
A preocupação de todos deve ser com a sociedade[21] a causa e não com as classes desregradas(o triste efeito).
Será agindo e agindo de maneira coerente que mudaremos o mundo.
Parafraseando o que disse Luter King; “(...) o que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética, mas sim, o silêncio dos bons”(...).
A educação está fadada a diferentes interesses, além das manipulações dos poderes das divisões das classes sociais (pobres, médias e ricos) temos que nos lembrar que estamos sendo manipulados por células sociais menores e com graus de importâncias diferenciadas que se formam em busca de uma identidade própria, onde as leis e regras são ditadas e exigidas pela “dita” sociedade.
Vamos a três exemplos:
1º Em Ciudad del Este –Py- a comunidade islâmica tem sua célula dentro do estado paraguaio sem ser perturbada ou ter necessidades deste último. Todos seus membros seguem as regras tradicionais de ética e moral ou religiosos e comportamentais de suas origens.
2º Em Treze Tílias em Santa Catarina, só são aceitas pessoas de boa conduta sendo obrigadas as passar pelo crivo do consulado austríaco (local) para se estabelecer ou permanecer aquela comunidade brasileira, tirando o direito de ir e vir ou viver contrariando a constituição nacional. Art- 5 da constituição brasileira(1988) (idem melonítas no interior do Paraguai).
3º No mundo do crime há um estado paralelo com leis próprias para os infratores das normas “pós-batismo” de seus integrantes ou invasores desafetos.
Afinal a que correntes de históricas, filosóficas e psicológicas estão alienadas as constituições dos paises, aos dos antigos mandamentos dos hebreus?
A que normas e condutas estão atrelados os governantes e legislativo onde vemos nossos deputados roubando e orando para que os otários não acabem e o dinheiro roubado... tenha uma divisão justa...(filmagem; Jornal nacional dia 1/12/2009)
A quem delegamos poder? Foi nossa falta de envolvimento que deixou este povo proliferar.
Enquanto os intelectuais calarem, hipócritas se elegem fazendo as leis e regras para nós cumprirmos ou seguirmos.
Somos ou não a classe privilegiada pensante? Onde estão os filósofos e afins doutrinando os políticos e políticas?
Onde está a ética do juramento sobre uma bíblia[22] e ao começar a sessão da assembléia se invoca o nome de Deus?
Em qual escola “ética” este povo estudou?[23] Muito são especialistas de formação “euroamericana” como só os educandos brasileiros conseguem aperfeiçoar tamanha debilidade? Ou a escola do primeiro mundo, também está em crise?
O ter está no poder e a que preço moral[24] sobre a educação que a escola tem a remover, que a grande mídia expõe, ferindo o educando com conteúdo totalmente inapropriado, mostrando quem deveria dar exemplo fazendo o que se faz?
O que fazer com a moral apregoada ou aplicada pelos nossos representantes os detentores do poder?[25] Como exigir de um cidadão que seja moralmente correto se seu representante legal está decretando a falência da justiça com seus atos? Como exigir de um jovem com os hormônios a flor da pele que se contenha, se seu orientador espiritual está sendo acusado de abuso sexual contra crianças e adolescentes?[26]
Ou afinal, Freud está certo?... que em seu ponto de vista individual a pessoa busca satisfazer seus desejos, impulsos e instintos, quando estes foram reprimidos em épocas passadas? Ou ainda, será que temos que encontrar um ponto de equilíbrio para que este convívio individual não conflite com o social e aja uma convivência pacifica e respeitosa com consenso a fim de garantir vida e liberdade para todos.

Assim desestabilizar ou quebrar-se o paradigma do poder do mais forte, causa de conflitos intermináveis, em todos os espaços (ambientes). É competência da educação ensinar a moral aos indivíduos dos diferentes grupos e a conviver em uma mesmo comunidade sociedade (Puig, 1998, p. 27), com intuito de transformar esta sociedade digna e justa para com todos.
Nas observações feitas nas diferentes dimensões (individual e social) da moral, não podemos esquecer dos “bons costumes”, item modelador das mais remotas culturas e mediador e modelador da ética e da moral em todas as questões sociais, ou seja, da diferença da idéia entre o bem e o mal e suas conseqüências para o bem social.

A dificuldade ou utopia de um consenso a respeito de valores, tema de embates intermináveis ao longo dos tempos. Além é lógica, de termos possibilidades diferentes a serem seguidas, mas, o pessoalmente desejável jamais deve superar o coletivo.

Conflitos têm acontecido em função de interesses, pontos de vista ideológicos religiosos ou políticos. Mas os conflitos são inerentes à condição humana que necessitam serem trabalhados para se alcançar um objetivo comum, a paz, onde a ética e moral prevaleçam por gerações e que possam ser revistos quando de sua necessidade ou quando se revelarem inadequados ou obsoletos, ou quando os interesses pessoais suplantarem os coletivos, sempre nos ritmos de cada época e trajetória histórica.

Concluindo, pelas nossas mãos passam o futuro, a ética, moral e todos os conceitos possíveis, bases para formação de todos os tipos de profissionais, que com seu espírito, genética, valores, somado a que apreenderam em bancos escolares, construirão e reconstruirão o mundo em todos os sentidos. Para tanto, temos que fazer uso do conhecimento que dispomos, para não vislumbrarmos um caos ante de nossas atitudes.
Para tanto
“O conhecimento gera o poder e quem detém o poder tem conhecimento e o utiliza como força de manobra para o bem ou mal de seus grupos sociais. (resumo Apostila Educação e Cultura)”.








REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

SANCRISTAN, J. Gimeno. O currículo- uma reflexão sobre a pratica Catedrático de Didáctica, Universidad de Valencia-3º edição 'lradução: Ernani F. da Fonseca Rosa Consultoria, supervisão e revisão técnica desta edição:Maria da Graça Souza Horn Pedagoga. Mestre em Educação.
MORIN, Edgard.- Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro. 8ª ed. São Paulo: Cortez, 2003.
MARQUES, Ramiro. Metodologias de educação de valores –( apostila) tradução do livro de Manuel Patricio (1993)- lições de axiologia educacional. Lisboa: Universidade aberta.
GORGEN, Pedro. Educação e Valores no Mundo Contemporâneo-( apostila). Educ. Soc., Campinas, vol. 26, n. 92, p. 983-1011, Especial - Out. 2005 983 Disponível em

REGUERO,Blanca.-La reflexión de lo social através Del discurso axiológico (apostila) facultad de psicología. UNAM. Febrero de 1996.

SILVA, Marcos.-Bases Axiológicas da educação na Sociedade do conhecimento -Marcos Silva Universidade Federal de Sergipe

DELORS, Jacques et al - Educação um tesouro a descobrir - relatório para UNESCO da comissão internacional sobre a educação para o século XXI.




BIBLIOGRAFIA DOS ANEXOS




BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade; [tradução: Carlos Felipe Moisés, Ana Maria L. Ioriatti]. – São Paulo: Companhia das Letras, 1986.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade e ambivalência; [tradução Marcus Penchel]. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1999.
Constituição da República Federativa do Brasil. 1988.
MARTINS, Vicente; Prática de valores na escola; Texto disponível na Internet em www.abec.ch; acessado em 19/11/2009.
GARDNER, Haward; Inteligências Múltiplas: a teoria na prática; Trad. Maria Adriana Veríssimo Veronese. Porto Alegre: Artmed, 1995.
Educ. Soc., Campinas, vol. 26, n. 92, p. 983-1011, Especial - Out. 2005 983
Disponível em

KUHN, Elói Inácio, História e vida dos brasiguaios nos dias de hoje- 2009- ANÁLISE DA REALIDADE EDUCATIVA NA AMÉRICA LATINA
KUHN, Elói Inácio, Relação da Cultura e da educação num contexto educacional, a multiculturalidade e a identidade do povo Brasileiro -EDUCAÇÃO E CULTURA-2008.














ANEXOS I ( clip filme)

http://www.youtube.com/watch?v=M_bvT-DGcWw





ANEXOS ESCRITOS



SEGUNDO ANEXO
(...)No início do século XVII, os jesuítas começaram a tarefa de evangelizar os guaranis[27]. Durante um século e meio os jesuítas dedicaram-se a esse trabalho e organizaram 32 missões com arquitetura européia, povoados que abrigaram mais de cem mil índios, tornando-se um estado paralelo e próspero na produção agrícola e artesanal, forças armadas e autônomas frente aos governadores de Assunção.[28]
A concorrência daquelas comunidades e os que desejavam apoderar-se tanto de seus territórios como da mão-de-obra guarani deram início a uma guerra entre os proprietários de terras de Assunção e os jesuítas no período 1721 a 1735. Agora, poder dos jesuítas despertou temores na própria corte espanhola, que em 1750 num acordo com a coroa portuguesa, dividir o território das missões. Os jesuítas foram depostos em 1757 pelos exércitos portugueses e espanhóis. A Companhia de Jesus foi afastada e as missões transferidas para os franciscanos, que frustraram deixando os guaranis nas mãos dos senhores de terra ou se isolaram.[29](....)
(...)Uma nova constituição, promulgada em 1992 para substituir a de 1967, estabelece como forma de governo a democracia representativa. O presidente e o vice-presidente são eleitos pelo voto popular direto, para um mandato de cinco anos, sem possibilidade de reeleição, e governam assessorados pelo Conselho de Ministros. O poder legislativo é bicameral, com o Congresso formado pela Câmara dos Deputados, de 80 membros, e pelo Senado, de 45, eleitos em ambos os casos para um período de cinco anos, por voto popular. O voto é obrigatório para todos os cidadãos maiores de 18 anos. A Corte Suprema de Justiça é a mais alta instância do poder judiciário. Compõe-se de 9 membros nomeados pelo presidente, e tem o poder de declarar a inconstitucionalidade de leis. O Paraguai divide-se em 17 departamentos, cada qual administrado por um governador eleito, além da capital. O sistema financeiro do país é dominado pelo Banco Central do Paraguai, emissor do guarani, a moeda nacional.
Na educação poucas mudanças foram realmente sentidas, dificuldades advindas da baixa qualidade do ensino público, oriundo do tempo da ditadura. Na tentativa para ajustar-se às políticas internacionais tem esbarrado na falta de mão de obra especializada o Paraguai e a pouca participação governamental na busca por incentivos internacionais[30] .
Como em toda América Latina no pós-guerra sofreu tanto no âmbito político, econômico e social influência ideológica na qual o capitalismo selvagem se impôs sob os ideais socialistas. Neste contexto o Estado institui políticas compensatórias para o fortalecimento do capitalismo.



TERCEIRO ANEXO
(...)Em nosso país, em torno dos anos 50 e 60, partindo do método Paulo Freire, iniciou-se o debate sobre as relações entre escola pública e cultura popular, em uma época chamada de populista aparecendo o que se denomina “educação popular” por valorizar a cultura popular que se destinaria ao povo oprimido, referindo-se à valorização desta cultura como meio de luta contra a discriminação pelas classes dominantes, ou elite, cuja cultura seria teoricamente, a erudita.
Educação “mundo” engloba ensinar e aprender em qualquer sociedade responsável pela manutenção e a perpetuação na passagem das gerações, os meios necessários á convivência de um membro em sua sociedade, presentes nos mais variados espaços do convívio social.
Já a prática educativa formal é dada de forma intencional e com objetivos em instituições específicas, ou seja, nas escolas, que tentam desesperadamente alinhavar suas teorias, práticas e discursos com as regras culturais existentes, conflitando e se readequando com as ferramentas e recursos disponíveis, tentando uma metamorfose dos recursos humanos locados em cada setor da educação. Parece-nos que este último é um dos maiores empecilhos para um bom andamento de programas educacionais e culturais conjugados ter êxito, em face de sua formação catedrática, na maioria das vezes deficiente ou desinteresse do profissional ou ainda por falta de seriedade das instituições formadoras deste cabedal.(...)






[1] (...) Os velhos usos se apoderaram de novos territórios e têm sido refratários a muitas das mudanças culturais e sociais da realidade espanhola. Se este polissêmico termo da qualidade significa algo, está, precisamente, relacionado aos professores e à cultura escolar(...). J. Gimeno Sacristán
[2] (...) No fundo, não vale a pena investir em programas de educação em valores que ofereçam uma educação moral meramente formalista, que subvalorize a dimensão afectiva e a dimensão volitiva e esqueça que a educação em valores não pode reduzir-se à educação moral(...).pg 2
[3](...) O Conhecimento - O ensino fornece conhecimento, fornece saberes. Porém, apesar de sua fundamental importância, nunca se ensina o que é, de fato, o conhecimento. E sabemos que os maiores problemas neste caso são o erro e a ilusão. Porque o conhecimento nunca é um reflexo ou espelho da realidade. Ele é sempre uma tradução, seguida de uma reconstrução. Portanto, temos percepções, ou seja, reconstruções, traduções da realidade. E toda tradução comporta o risco de erro.(...) Edgar morim resenha “os sete saberes”
[4] (...)A escola em geral, ou um determinado nível educativo ou tipo de instituição, sob qualquer modelo de educação, adota uma posição e uma orientação seletiva frente à cultura, que se concretiza, precisamente, no currículo que transmite. O sistema educativo serve a certos interesses concretos e eles se refletem no currículo. Esse sistema se compõe de níveis com finalidades diversas e isso se modela em seus currículos diferenciados. As modalidades de educação num mesmo intervalo de idade acolhem diferentes tipos de alunos com diferentes origens e fim social e isso se reflete nos conteúdos a serem cursados em um tipo ou outro de educação. A formação profissional paralela ao
[5](...) Durkheim (idem, p. 35) afirma que “a moral não é um sistema de regras abstratas que as pessoas trazem gravadas na consciência ou que são deduzidas pelo moralista no isolamento de sua sala. É uma função social ou, mais que isso, um sistema de funções formado e consolidado sob a pressão das necessidades coletivas(...).
[6] (....)o método de Kant é a “critica”, isto é a analise reflexiva(...)
[7](...)Pode-se, pois, falar de desilusões do progresso, no plano econômico e social. O aumento do desemprego e dos fenômenos de exclusão social, nos países ricos, atesta-o. A persistência das desigualdades de desenvolvimento no mundo,(...)pg 12
[8] (…) Si en la ética personal encontramos una multiplicidad infinita de valores muchas veces contradictorios, en lo relativo a los criterios morales que deben regir los sistemas políticos y sociales encontramos un sorprendente consenso en torno a los enunciados de los derechos humanos(…).(texto; bases axiológicas da educação )
[9] (...)confirmar estas palavras foi a criação da Corte Penal Internacional Permanente em Julho de 1998 em Roma, com competência para julgar crimes contra a humanidade, de guerra e de genocídio
[10](...) Dado que oferecerá meios, nunca antes disponíveis, para a circulação e armazenamento de informações e para a comunicação, o próximo século submeterá a educação a uma dura obrigação que pode parecer, à primeira vista, quase contraditória. A educação deve transmitir, de fato, de forma maciça e eficaz, cada vez mais saberes e saber-fazer evolutivos, adaptados à civilização cognitiva, pois são as bases das competências (...) pg 288 filosofia em todos os tempo
[11] (...) a moral e o direito são apenas hábitos coletivos, padrões constantes de ação que se tornam comuns a toda uma sociedade (...) e à medida que o meio em que vivemos se torna a cada dia mais complexo e mais flexível, devemos ter a iniciativa e a espontaneidade necessárias para segui-lo em todas as suas variações, para mudar conforme ele muda. (Durkheim 2003, p. 24)
[12] (...) Durkheim cai, por sua vez, em nova autoridade externa e heteronômica: a sociedade. (...) É a sociedade que, uma vez abandonadas as crenças religiosas, se constitui no elemento a que devem ser submetidas a vontade e a conduta das pessoas”. (Puig, 1998, p. 31)
[13] (...)Sócrates (Platão), ao contrário, defende a posição de que a virtude não pode ser ensinada. Em termos de educação moral, compara sua função à de uma parteira(...)
[14](...) Para o filósofo da Escola de Frankfurt, autor da teoria da acção comunicativa, o homem caracteriza-se por ser capaz de comunicar, sendo através do diálogo que ele se realiza a si próprio como ser social, visto que a comunicação constitui um instrumento capaz de dar forma à acção social, no sentido da mudança e da transformação.
[15] (...)fundamentais que, ao longo de toda a vida, serão de algum modo para cada indivíduo, os pilares do conhecimento: aprender a conhecer, isto é adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente, aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas; finalmente aprender a ser, via essencial que integra as três precedentes. É claro que estas quatro vias do saber constituem apenas uma, dado que existem entre elas múltiplos pontos de contato, de relacionamento e de permuta.(...)

[16] O conhecimento(....)A literatura é para os adolescentes uma escola de vida e um meio para se adquirir conhecimentos. As ciências sociais vêem categorias e não indivíduos sujeitos a emoções, paixões e desejos. A literatura, (...) Tolstoi, aborda o meio social, o familiar, o histórico e o concreto das relações humanas com uma força extraordinária. (...) as telenovelas também falam sobre problemas fundamentais do homem. E a literatura (...) complexidade do ser humano e a multiplicidade de seus sonhos. A poesia nos ensina a qualidade poética da vida, essa qualidade que nós sentimos diante de fatos da realidade.
[17] (...) A Compreensão Humana - O quarto aspecto. Nunca se ensina sobre como compreender uns aos outros, como compreender nossos vizinhos, nossos parentes, nossos pais. A palavra compreender vem do latim, compreender e, que quer dizer: colocar junto todos os elementos de explicação, ou seja, não ter somente um elemento de explicação, mas diversos. Mas a compreensão humana vai além disso, porque, na realidade, ela comporta uma parte de empatia e identificação. O que faz com que se compreenda alguém que chora, por exemplo, não é analisar as lágrimas no microscópio, mas saber o significado da dor, da emoção. Por isso, é preciso compreender a compaixão, que significa sofrer junto. É isto que permite a verdadeira comunicação humana. A grande inimiga da compreensão é a falta de preocupação em ensiná-la.(...)Edgar Morin “os sete saberes” resenha
[18](...) “O homem antigo é algo que deve ser superado. O que vocês fizeram para superá-lo? Todos os seres até agora criaram algo para além de si mesmos: e vocês pretendem ser a vazante dessa grande maré preferindo retornar ao animal ao invés de superar o homem?” (Nietzsche, s/d., p. 13).
[19] (...)A divinização da autonomia ignora uma realidade muito simples: vale mais um aluno moralmente heterónomo, mas capaz de uma conduta respeitadora da Lei Moral, do que um aluno perito na formulação de juízos morais autónomos e pós-convencionais,mas incapaz de uma conduta moral adequada(...).Apostila do professor
[20] autor desconhecido
[21](...) assumem leituras sociológicas e que têm em Durkheim seu mestre maior defendem a posição de que a educação moral deve integrar os indivíduos na comunidade(...).

[22](...) desenvolvimento histórico da concepção de valor e de seus diferentes significados(...)
[23](...) Mesmo assim, como diz Cortina (2003, p. 18), “embora a ética esteja na moda e todo mundo fale dela, ninguém chega realmente a acreditar que ela seja importante, e mesmo essencial para viver”. Há uma curiosa ambigüidade entre o discurso ético que se dissemina e ocupa todos os espaços e a efetiva importância que se dá à ética no campo prático.(...) pg; 984 educação e valores no mundo contemporâneo (...) Pedro Gorgen (apostila)
[24] (...) Jean Jacques Rousseau (1712-1778), que inaugura a perspectiva moderna logo assumida e vigorosamente desenvolvida por Kant. O pensador francês concentra sua atenção na figura do educando Emílio, cuja natureza é per se boa, e na educação negativa que deve preservá-lo das influências maléficas da sociedade. Campinas, vol. 26, n. 92, p. 983-1011, Especial - Out. 2005 pg 991
Disponível em

[25] (...) É tarefa da escola e do professor, enquanto autoridade moral, criar nos jovens o sentimento de vinculação e de pertença a uma coletividade. Mas, de outra parte, a educação moral fica reduzida à adaptação heterônoma ao modelo social vigente, esquecendo a questão da formação da consciência moral autônoma. A autonomia moral em Durkheim não inclui o questionamento e eventual recusa da norma. Não há, portanto, a possibilidade da dissidência ou do inconformismo.( Educ. Soc., Campinas, vol. 26, n. 92, p. 983-1011, Especial - Out. 2005 pg 997)

[26](...) “Pela primeira vez, eis uma sociedade que, longe de exaltar os mandamentos superiores, os eufemiza e os desacredita, desvaloriza o ideal de abnegação estimulando sistematicamente os desejos imediatos, a paixão do ego, a felicidade intimista e materialista” (idem, ibid.) Educ. Soc., Campinas, vol. 26, n. 92, p. 983-1011, Especial - Out. 2005 pg 998).
[27] O ideal educativo Guarani como de muitos outros povos indígenas é transformálos
em pessoas humanas verdadeiras, pois ainda hoje se autodenominam Avá, homem adulto, Mbyá,gente. (MELIÁ, 2008, p. 1213)
[28] A organização das missões, do ponto de vista arquitetônico, se dava em torno do prédio da igreja, na praça central, semelhante a muitas cidades européias medievais.
[29] (...)Durante o período das missões do Itatim, o bispo de Assunção, único em todo o Paraguai, era o franciscano Bernardino de Cárdenas. Seu superior ficava no distante arcebispado de(arzobispado) La Plata, no alto Peru (…). (MAEDER, 2001, p. 32).
[30] Uma das áreas prioritárias apoiadas pela OEA era o da administração da educação e disciplinas correlatas
como planejamento e supervisão educacional. É assim que, a partir de 1970,a Organização patrocinou um
extenso programa de formação de administradores e planejadores educacionais, em cooperação com seletas universidades da Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, México, Panamá, Peru e Venezuela. Simultaneamente, a OEA apoiou o estabelecimento de unidades de planejamento educacional nos Ministérios e Secretarias de Educação (...).