sábado, 25 de abril de 2009

Questões de pré vestibular(segunda e terceira séries)

Questões para alunos de segunda e terceira série

Formulário

C = m1 / V (L) T = m1 / m1 + m2 à T = m1 / m Pp = 100 . T

M = m1 / M1 . V (L) X1 = n1 / n1 + n2 X2 = n2 / n2 + n1

V1. c1 = V2 . c2


QUESTÕES VESTIBULAR

1 – Qual a concentração comum de uma solução de 400ml em que estão dissolvidos 40g de NaOH?

2 – Qual a quantidade de soluto necessária para obtermos uma solução de 500ml com uma concentração de 60 g/l?

3 – Qual o título de uma solução de 540ml de água onde estão dissolvidos 60 g de NaCl?

4 – Qual o título e porcentagem de uma solução de 0,8L onde estão dissolvidos 150g de C6H12O6?

5 – Qual a massa do soluto presente em uma solução de 1200ml que o título é igual a 0,1?

6 – Qual a molaridade de uma solução em que estão dissolvidos 4,96g de H2SO4 em água suficiente para que o volume seja igual a 250ml?
Dado: H=1, S=32, O=16

7 – Qual a molaridade de uma solução preparada com 49g de sal NaCl em quantidade de água suficiente para preparar 2L de solução?
Dado: Na= 23, Cl=35.5

8 – Qual a fração molar de uma solução em que estão dissolvidos 280g de NaOH em 720g de H2O?
Dado acima

9 – Sabemos que a concentração de uma solução de 400ml é igual a 3g/L. Qual será a nova concentração se dobrarmos o volume?


10 – Qual será o novo volume da solução que apresenta 5g/L e que inicialmente tinha um volume de 500ml e concentração igual a 10g/L?



11 – Faça o nome dos ciclanos abaixo:
a) ;
b) ;
c) ;
d) ;

12 - Faça o nome dos ciclenos abaixo:
a) ;
b) ;
c) ;
d) ;

13 - Faça o nome dos álcoois cíclicos abaixo:
a) HO ;
b) OH;
c) OH;
d) OH;
14 - Faça o nome dos álcoois cíclicos ramificados abaixo:
a) OH ;
b) OH ;

15 – Faça o nome dos fenóis abaixo:
OH

a) —CH3


OH

b) —C2H5


OH

16 – Faça a fórmula dos compostos e dê o nome:
a) C5H12;
b) C4H10;
c) C2H6;

17 – Faça a fórmula estrutural dos compostos:
a) 2, 2, 4–trimetilpentano;
b) 2–metil–3–fenilhexano;

18 – Dê o nome das famílias:
a) 1A:
b) 4A:
c) 8A:

19 – O flúor elemento mais eletronegativo da família dos halogênios quando se liga com um elemento da família 2A forma o composto:
a) XF2;
b) XF;
c) X2F;
d) X2F2;

20 – O oxigênio da família dos calcogênios (6A), ao ligar-se com o hidrogênio faz a fórmula:
a) HO;
b) H2O;
c) H2O2;
d) HO2;

21 – O Boro tem número atômico 5 e massa igual a 10. Sua distribuição eletrônica no estado neutro será:
a) 1s2, 2s2, 2p6;
b) 1s1, 2s2, 2p2;
c) 1s2, 2s2, 2p1;
d) 1s2;

22 – Em relação ao átomo anterior podemos afirmar que terá ..... elétrons na camada de valência:
a) 5;
b) 10;
c) 2;
d) 3;

23 – No composto H teremos:

H — C — H

H
a) 4 ligações covalentes normais;
b) 4 ligações iônicas;
c) 2 ligações iônicas e covalentes;
d) 2 ligações dativas e 2 covalentes;
24 – O composto C = = O tem:

a) ligações iônicas;
b) 2 ligações covalentes e 1 dativa;
c) 1 covalente e 2 dativas;
d) 2 covalentes e 1 iônica;

25 – Faça a fórmula eletrônica e estrutural do compostos:
a) CaF2;
b) O2;
c) H2O;
d) NaCl;

26 – Que tipos de ligações acontecem nos compostos acima?

27 – Dê o nome dos compostos:
a) O:
b) F:
c) N:
d) He:
e) Al:
f) Fe:



28. (MACK-SP) Para o número quântico principal n=3, o número máximo de elétrons para cada valor de l (número quântico secundário) é respectivamente:
a) 2, 2, 6;
b) 2, 6, 8;
c) 2, 6, 10;
d) 2, 8, 18;
e) 2, 8, 14;

29. (UNIP-SP) A configuração eletrônica no estado fundamental 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 não descreve a espécie:
a) Cl-(Z=17);
b) K+(Z=19);
c) S-2(Z=16);
d) Sc+3(Z=21);
e) Ar+(Z=18);

30. (ITA-SP) Com relação às duas configurações eletrônicas de um mesmo átomo:
1 . 1s2 2s2 2p6 3s1;
2 . 1s2 2s2 2p6 6s1;
Indique a alternativa falsa:
a) É necessário fornecer energia para passar de 1 para 2;
b) A passagem de 2 para 1 emite radiação eletromagnética;
c) 1 representa a configuração eletrônica de um átomo de Sódio não excitado;
d) a energia de ionização de 2 é menor que a de 1;
e) 1 e 2 representam eletrosferas de elementos diferentes;

31. (Unirio-RJ) A configuração eletrônica do íon Fe+3, no estado fundamental, é: (dado Fe: Z=26)
a) [Ar] 3d3 4s1;
b) [Ar] 3d4 4s1;
c) [Ar] 3d5;
d) [Ar] 4s2 3p6;
32. (MACK-SP) Um vinho quando guardado em garrafa aberta, “azeda” após certo tempo, transformando-se em vinagre. Esse fenômeno ocorre porque, no álcool contido no vinho, ocorre uma:
a) Oxidação;
b) Redução;
c) Desidratação intermolecular;
d) Evaporação;
e) Hidratação;
33. (UFRGS) A creolina usada como desinfetante contém cresóis, que são hidroximetilbenzenos de fórmula C7H8O. Esses cresóis apresentam isomeria:
a) Função e de cadeia;
b) De cadeia e taltomeria;
c) De cadeia e posição;
d) De posição e função;
e) De função e metameria;
34. (PUC-SP) O nome oficial do composto abaixo é:

H3C—CH==CH—CH—CH3

C2H5
a) 2-etil-3-penteno;
b) 2-metil-4-penteno;
c) 3-metil-4-hexeno;
d) 4-metil-2-hexeno;
e) 4-etil-2-hexeno;
35. (Puccamp) O composto analisado abaixo tem nome oficial:

H2C==CH—CH2—C==O

OH
a) Ácido 2-butanóico;
b) Ácido pentanóico;
c) Ácido 1-butenóico;
d) Ácido 3-butenóico;
e) Ácido 2-butenóico;
f)
36. (UFSE) A configuração eletrônica 4s2 4p3 representa os elétrons de valência do elemento químico com número atômico:
a) 22;
b) 23;
c) 25;
d) 33;
e) 47;

37. (UNEB-BA) Dados os números atômicos abaixo, representam elementos químicos com o mesmo número de elétrons de valência:
I- 17 II -26 III- 35 IV- 36
a) I e II;
b) I e III;
c) II e III;
d) II e IV;
e) III e IV;

38. (ITA-SP) Nos modelos atômicos, atualmente aceitos o número máximo de elétrons em um mesmo orbital é:
a) 2 com spins contrários;
b) 8 com spins contrários;
c) 2 com spins iguais;
d) 8 com spins iguais;
e) 18 com spins variados;

39. (UEL-PR) Quantos prótons há no íon X +3 de configuração 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 3d10:
a) 25;
b) 28;
c) 31;
d) 51;
40. (Cesgranrio-RJ) Considere os elementos abaixo e assinale a opção correta:
I II III IV V VI VII
19K40 8O16 18Ar40 8O17 17Cl37 8O18 20Ca40

a) I e III são isótopos, II, IV e VI são isóbaros;
b) III e VII são isóbaros, V e VII são isótonos;
c) II, IV e VI são isótopos, III e VII são isótonos;
d) II e III são isótonos, IV e VI são isóbaros;
e) II e IV são isótonos, V e VII são isóbaros;

41. (Puccamp-SP) Industrialmente os gases N2 e O2 são extraídos do ar atmosférico. Para tanto o ar é submetido, sucessivamente aos processos:
a) Liquefação e filtração;
b) Solidificação e filtração;
c) Liquefação e destilação fracionada;
d) Solidificação e decantação;
e) Liquefação e fusão fracionada;

42. (UEPG-PR) Com relação à concepção atual dos elétrons podemos afirmar que:
a) São partículas bem caracterizadas;
b) Tem carga elétrica positiva;
c) Giram em redor do núcleo, em orbitais bem determinados;
d) Também apresentam características ondulatórias;
e) São responsáveis pela maior parte da massa do átomo;
43. (FEI-SP) A destilação simples é utilizada pra separar um líquido de sólidos não-voláteis. Quando se deseja obter água do mar por destilação simples os instrumentos essenciais de laboratório, alem de outros para efetuar a separação são:
a) Balão de destilação, condensador e bico Bunsen;
b) Balão de destilação, funil de separação e bico de Bunsen;
c) Balão volumétrico, condensador e bico de Bunsen;
d) Balão volumétrico, funil de separação e condensador;
e) Balão de destilação, funil de separação e condensador;

44. (UFSC) Examinando os átomos:
I- 50A118 II- 51B120 III- 50C120 IV- 52D126 V- 51E122
a) I e II são isótopos;
b) I e III são isóbaros;
c) II e III são isótonos;
d) II e V são isótopos;
e) III e IV são isóbaros;

45. (UFMG) Qual é a afirmação errada:
a) Átomos de elementos químicos podem perder ou ganhar elétrons;
b) O comportamento químico dos elementos químicos é determinado pelos elétrons de seus átomos;
c) Átomos de elementos químicos diferentes tem sempre número de prótons diferentes;
d) Átomos de elementos químicos diferentes tem sempre número de nêutrons diferentes;
e) Átomos de elementos químicos diferentes tem sempre número de elétrons diferentes;

46. (Fuvest-SP) Os íons Cr +2 e Cr +3 diferem quanto à quantidade de:
a) Prótons e nêutrons
b) Prótons e elétrons;
c) Nêutrons somente;
d) Elétrons somente;
e) Prótons somente;

47. (UFPA) Os números quântico principal “n” , secundário “l”, magnético “m” do elétron mais energético do átomo de cloro são respectivamente:
(Dado Cl: Z=17)
a) 3, 1, 0;
b) 3, 1, +1;
c) 2, 0, +1;
d) 2, 1, -1;
e) 2, 3, 0;
48. (MACK-SP) Para o número quântico principal n=3, o número máximo de elétrons para cada valor de l (número quântico secundário) é respectivamente:
f) 2, 2, 6;
g) 2, 6, 8;
h) 2, 6, 10;
i) 2, 8, 18;
j) 2, 8, 14;

49. (UNIP-SP) A configuração eletrônica no estado fundamental 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 não descreve a espécie:
f) Cl-(Z=17);
g) K+(Z=19);
h) S-2(Z=16);
i) Sc+3(Z=21);
j) Ar+(Z=18);

50. (ITA-SP) Com relação às duas configurações eletrônicas de um mesmo átomo:
1 . 1s2 2s2 2p6 3s1;
2 . 1s2 2s2 2p6 6s1;
Indique a alternativa falsa:
f) É necessário fornecer energia para passar de 1 para 2;
g) A passagem de 2 para 1 emite radiação eletromagnética;
h) 1 representa a configuração eletrônica de um átomo de Sódio não excitado;
i) a energia de ionização de 2 é menor que a de 1;
j) 1 e 2 representam eletrosferas de elementos diferentes;

51. (Unirio-RJ) A configuração eletrônica do íon Fe+3, no estado fundamental, é: (dado Fe: Z=26)
e) [Ar] 3d3 4s1;
f) [Ar] 3d4 4s1;
g) [Ar] 3d5;
h) [Ar] 4s2 3p6;
[Ar]4s2 3d3

52. Faça o símbolo correspondente a cada elemento:

Lítio
Carbono
Cálcio
Criptônio
Fósforo
Mercúrio
Oxigênio
Níquel
Neônio
Prata

53. O Hidrogênio possui apenas um elétron e ao se ligar com o oxigênio fará que tipo de ligação?


54. O caráter metálico (eletropositividade) nos períodos e nas famílias cresce respectivamente:

55. Os elementos “loucos” por elétrons são os …………… enquanto os metais são “loucos” para …………… elétrons.

56. Uma família tem características ……………… entre seus elementos, portanto terão o mesmo número de ………………… na última camada.

57. O ponto de fusão do bromo é –7,2ºC e o ponto de ebulição é 58,8ºC. Nestas condições a 25ºC e 1atm teremos:
a) Bromo no estado sólido;
b) Bromo no estado gasoso;
c) Bromo no estado líquido;
d) Bromo em estado de fusão;
e) Bromo em estado de ebulição;

58. Efeito acumulativo dos pesticidas quer dizer:
a) Fica onde foi jogado;
b) Fica impregnado nos indivíduos remanes­centes;
c) Vai para os lençóis d’água;
d) É acumulado pelas plantas;
e) Acumula-se ao longo da cadeia alimentar;

59. As famílias 1A e 2a são chamados respectivamente de:
a) Alcalinos e alcalinos terrosos;
b) Haletos e gases nobres;
c) Família do hidrogênio e nobres;
d) Complexo “B”;
e) Nda;

60. Os átomos neutros da família 1A e 3A têm respectivamente;
a) 2 e 3 nêutrons na última camada;
b) 1 e 3 elétrons na última camada;
c) 3 e 4 prótons na última camada;
d) 1 e 2 prótons na última camada;
e) 1 e 2 nêutrons na última camada;

61. O íon cátion Potássio(19K39+) tem em suas camadas eletrônicas respectivamente distribuídos:
a) 2, 8, 8, 8, 1;
b) 2, 8, 8;
c) 2, 8, 18, 8, 4;
d) 2, 8, 18, 8, 3;
e) 2, 8, 9;


62. O ácido carboxílico chamado de heptanóico tem a seguinte fórmula molecular:
a) C6H12COOH;
b) C7H13COOH;
c) C5H11COOH;
d) C6H13COOH;
e) C6H14COOH;

63. A cadeia carbônica têm 4 carbonos, simples
O

C
H


ligações e têm a função
sua nomenclatura é:



a) Butanal;
b) Propanol;
c) Butanol;
d) Ácido Butanóico;
e) Alcool etílico;

64. (ITA-SP) A nomenclatura oficial do composto é:

H3C—CH—CH—CH2—CH3

Cl Cl

a) Cloropentano;
b) 3,4-Dicloropentano;
c) 3,2-Diclorobutano;
d) 2,3-Dicloropentano;
e) 2-Dicloropentano;


65. (UFRS) Dê o nome dos radicais ligados ao carbono terciário da cadeia:
H3C—CH2—N—CH2—CH2—CH3

CH2

CH3
a) Metano-etano-propil-amina;
b) Metil-etil-propil-amina;
c) Propil-etil-metil-amina;
d) Propil-dietil-amina;
e) Dietil-propil-amina;





66. (Unitau-SP) As funções

R—O—R R—C—R R—C—0H

O O
São respectivamente:
a) Éter, cetona, ácido carboxílico;
b) Éter, cetona, éster;
c) Éster, cetona, ácido carboxílico;
d) Éster, éter, cetona-alcool;
e) Éter, éster, cetona;

67. (MACK-SP) O nome da molécula
H3C—CH—CH2—NH2, é:

a) Metil-3-amino propano;
b) Propil amina;
c) Isobutilamina;
d) T-butil amina;
e) S-butil amina;

68. (MACK-SP) O nome do composto a seguir, que pode ser usado para dar sabor “morango” à balas e refrescos, é:
O

H3C—CH2—CH2—C

O—CH2—CH3
a) Etanoato de butila;
b) Butanoato de etila;
c) Ácido etil-n-propil-metanóico;
d) Propanoato de metila;
e) Butanoato de metila;

69. Faça a comparação das fórmulas entre uma amina e uma amida:



70. A cetona mais conhecida tem três carbonos. Qual sua fórmula, nome e utilidade;





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ANTROPOLOGIA CULTURAL E FOLOSÓFICA EM METAMORFOSE

Universidad Politécnica y Artística del Paraguay
Reitoria E Estudos De Pós – Graduação
Curso De Pós – Graduação ‘Stricto Sensu’
Mestrado Em Ciências Da Educação













ANTROPOLOGIA CULTURAL E FILOSÓFICA EM METAMORFOSE





PROFESSOR: DR. Evandro Ricardo Guindani






Mestrando: Elói Inácio Kuhn









Ciudad Del Este – PY –Janeiro de 2009

ANTROPOLOGIA CULTURA E FILOSOFIA EM METAMORFOSE



As diferenças entre os animais, não são apenas de grau, pois enquanto o irracional permanece mergulhado na natureza, o ‘racional’ é capaz de transformá-la, e ou destruí-la e resultado da ação do homem sobre o meio é chamado de cultura, palavra esta com diferentes conotações, tais como; cultura da terra ou cultura de um letrado.
Em antropologia, cultura significa tudo que o homem produz ao construir sua existência, as práticas, teorias, instituições, valores morais, materiais e espirituais. Se este contato com o mundo for intermediado por símbolos, estes foram elaborados por outros em diferentes lugares e épocas. Portanto, cultura é um processo de auto-libertação progressiva do homem, o que o caracteriza com um ser em mutação ou de projeto, que se faz à medida que transcende a sua própria experiência.[1]
Não há caminho pronto, o homem se define pelo lançar-se no futuro, antecipando, por meio de projetos, sua ação consciente sobre o mundo, onde, nada mais é absoluto e tudo se torna questionável.[2]
Assim ao se tornar frágil, o humano perde a segurança, que é característica dos animais em harmonia com a natureza. Ao mesmo tempo o que parece ser fragilidade é o que o caracteriza como ser humano em sua tendência mais nobre “a capacidade do homem em construir sua historia”.[3]
Capaz de pensar, dialogar e executar tarefas sociais, por meio do trabalho, atividade humana por excelência, pela qual o homem intervém, na natureza e em si mesmo. o homem transforma o mundo e a si mesmo e esta transformação só será completa se houver uma ação coletiva.
O mundo cultural no qual estamos inseridos é um sistema de significados pré-estabelecidos por outros, a ponto de uma criança ao nascer encontrar uma infinidade de valores prontos,, situando-a e levando-a a reconhecer a língua que vai falar e escrever, as maneiras de vestir-se, alimentar-se e portar-se, tudo codificado desde sua vida uterina.
Até mesmo as emoções que parecem ser espontâneas, ficam a mercê das normas de uma comunidade que dita as regras e suas manifestações (mortes, nudismo, choro, valores sexuais, morais estéticos e etc).
A heterogeneidade de povos e sistemas existente sobre o planeta, onde a soberania e os espaços têm diferentes interpretações, alguns termos, como, democracia ou globalização em muitos ambientes não tem nenhum valor. Culturas, crenças, povos heterogêneos e miscigenados, evoluem em diferentes linhas de conhecimento, buscando novos lideres, novas perspectivas, ditando novas ordens e valores, tentando limitar a uma população quase incontrolável.
A humanidade está próxima de uma “convulsão social” generalizada. As diversas faces da polivalência fragmentando de todos os estados de direito e da ordem, direcionam ao caos eminente.
Grande parte das crises existenciais passa por este alinhavado, onde o ter já não mais satisfaz, ou os fracassos são responsáveis pelo sentido da vida perder seu valor. O ser humano, desde sua essência, é social e o isolamento lhe traz grande angústia, acarretando a volta às suas origens (colo de mamãe) para se reencontrar. Tal retrocesso recriam e ou criam novos modelos de sobrevivência.
Em termos científicos, nos diversos campos, (que tudo resolve), centena de tentativas frustradas e equivocadas vem nos assombrando. Em troca de vida mais fácil em todos os sentidos, venenos, drogas, medicamentos sintetizados, alimentos quase artificiais, modificam nossos hábitos ancestrais, impregnadas em nossa genética de forma abrupta condicionando-nos a degeneração, com aparecimento de grande quantidade de doenças, ou defesas produzidas pelo organismo contra um inimigo invisível. Cada vez mais são necessárias pesquisas para corrigir o que está errado ou, muitas vezes, irreversível.
No campo ciências biológicas, destacamos as invasões de plantas daninha, que vem junto com o progresso, se sobrepondo aos nativos, causando colapsos na produção de alimentos ou mesmo os geneticamente modificados ou, ainda, espécies de animais advindos de outras regiões globais acabam exterminando as populações da fauna e da flora nativa.
O universo (natureza) proporciona tudo aos que criou, portanto, questiona-se se voltarmos a nos alimentar como nossos “avôs”, a humanidade não teria mais qualidade de vida? A água fonte natural de vida, ainda é viva? O alimento criado em laboratório, mantido com toda sorte de venenos e nutrientes sintetizados, mantém a qualidade que nosso organismo precisa?
Aos conscientes falta dar um basta, com “exame de consciência”, um voltar às raízes,voltar a buscar água na fonte “viva” sem venenos no alto dos morros ou dentro da mata; plantar na terra onde os micro-organismos quebram as macro moléculas do solo para serem aproveitados pelas plantas, produzir ao natural, e competir com lagartas e gafanhotos na busca por alimentos saudáveis. Pequenas hortas conseguem garantir alimentos para “batalhões”.
Urge esquecer um pouco que o mundo gira, voltando-nos ao recolhimento benevolente trabalhando a partir do desenvolvimento tecnológica (a longa distância) fora do streess responsável por perdermos o mais digno do ser humano, a sensibilidade para conosco mesmos.
Para exemplificar, nossa vibração elétrica que até os anos 70 e 80 era de 7,8 Hetz, e dava a dimensão do dia de 24 horas, se alterou a quase 70 Hetz dando-nos a impressão de o dia ser curto faltando tempo, ou seja, em nosso relógio biológico interno realmente o dia tem 16 horas, logo, nos falta tempo, neste ritmo o ser humano caminha a passos largos para sua extinção.[4]
Mas de onde vem tal diferença?
O planeta, hoje um amontoado de metrópoles, construiu uma máscara de concreto, quase sem áreas verdes, que, não conseguem fazer a fotossíntese para retirar a enorme quantidade de CO2 produzida por uma superpopulação começou, ha tempos, dar sinais de exaustão, além do curso natural, a interferência energética do astro rei (sol) responsável direto por grande parte das situações sobre a terra, e associado ao ajustes geológicos e vulcões, provocam toda sorte de eventos, tendo apenas as benesses do mar para fazer o equilíbrio das temperaturas sobre o planeta, associada à conjuntura galáctica.
A Terra em seu processo de resfriamento (adversidades externas) vem provocando oscilações com diferentes correntes de águas e ventos (frentes frias). Para exemplificar, janeiro / 2009 aqui, e nevascas no hemisfério norte, eminente sinal de uma nova era do gelo, que por sua vez, provoca migrações de todas as espécies animais em busca de readaptação, congestionando e contaminando os habitats na faixa equatorial e o despovoamento abaixo dos trópicos a ponto de o caos se instalar e a caverna ser o refúgio dos próximos Adões e Evas.
Num sentido pragmático, tomamos o cuidado para não sermos retrógrados, nem pessimistas ao extremo, mas, tem pouco a se fazer pela vida do planeta. O homem age como se fosse eterno, sobre tudo e sobre todos, parece não vislumbrar o melancólico fim. Mesmo sabendo do preço a pagar, cria, amplia, mescla, fragmenta em direção ao caos, onde a fome e a sede e frio matarão aos milhões das mais diferentes formas.
A vida sobre o planeta é fruto do puro acaso das condições em que a terra se encontra em relação ao sol, e sua energia calorífica interna, construiu uma camada chamada de “efeito estufa” que mantém o clima numa uniformidade surpreendente a milhões de anos, com pequeníssimas variações. Mesmo assim, estas ditam o destino da vida sobre o planeta e de tempos em tempos acontece a reorganização universal.
O universo segue seu ciclo, e na terra, espécies vêm e passam quando não mais se adaptam ao meio. O ser humano segue este mesmo ciclo da seleção natural, todos os dias os mais fracos sucumbem, e novas espécies vem para ocupar o espaço deixado. Assim a vida se adapta aos diferentes ambientes numa metamorfose constante.
Será que os sociólogos e filósofos, não deveriam somar reconquistando seu espaço e pôr em prática sua eloqüência, tentando conter a densidade demográfica, bem como, reconstruir os preceitos humanísticos ao invés o “ter” selvagem?
“O homem não é o que é, mas é o que não é”
(Gusdorf, In. Oliveira, Pérsio. Sociologia. Cap.8,p. 151)

Com que forças o ser humano chegará a meados do milênio, ante a essa utopia ou mito de progresso? A quem cabe colocar a nova ordem? Aos débeis visionários ou a elite pensante? Por que pessoas detentoras do saber, os profissionais em educação, não fazem revisão e estudo constante dos paradigmas e comportamentos da sociedade?
Os sistemas impostos aprisionam o indivíduo numa ‘rede’ muitas vezes sem saída, tornando o mundo massificado, podendo ser pela aceitação sem critica dos valores impostos pelo grupo social ou pelo paradoxo da convivência numa certa sociedade, mas, que só acontece a partir dela.
Assim a sociedade é uma condição de alienação ou de libertação do indivíduo, podendo perder-se ou encontrar-se em sua criatividade.[5]
Quando paramos para refletir a vida diária, e observamos, ou descobrimos uma nova teoria é porque saímos de nossa mesmice, um grande remédio para vencer o preconceito, o dogmatismo e as condições inabaláveis, portanto, paralisantes.
No (séculos XV e XVI) período do Renascimento, profundas transformações aconteceram no campo da política, da economia, das artes e das ciências. O século XVII, a Filosofia estava no auge. Época das grandes criações do espírito científico, como as teorias de Galileu Galilei e o experimentalismo de Francis Bacon, René Descartes foi o maior expoente do chamado "racionalismo clássico". O pensamento passou a voltar-se para si mesmo. O homem começou a pensar na sua própria maneira de entender o mundo.
Kant distinguiu entre o reino da natureza (submetidas às leis da natureza), e o reino da moral (advindos das ações humanas) finalidades racionais.[6] Como autêntico representante da Filosofia do século XVIII, era defensor incondicional do papel da razão no progresso do homem. Kant elaborou as bases de toda a ética que viria a seguir. A formulação do famoso "imperativo categórico" guiou seu pensamento no campo da moral e dos costumes. Kant criou duas obras magistrais, a "Crítica da Razão Pura” (1781) e "Crítica da Razão Prática" (1788)
Hegel define natureza e cultura como sendo aspectos de uma mesma realidade, a razão, o racional e a razão universal (espírito) contrapondo a teoria Kantiana[7].
Já século XIX, na França, criado por Augusto Comte, o Positivismo. Doutrina criada em suas duas obras principais, o Sistema de Filosofia Positiva e o Sistema de Política Positiva.
O método geral do positivismo de Auguste Comte consiste na observação dos fenômenos, subordinando a imaginação à observação (ou seja: mantém-se a imaginação), mas há outras características igualmente importantes. Na obra Apelo aos Conservadores(1855), Comte definiu a palavra "positivo" com sete acepções: real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico e simpático. Duas características são hoje reconhecidas por todos: a visão de conjunto, ou o holismo ("orgânico"), e o relativo (embora haja uma curiosa e extremamente difundida versão que afirma que o Positivismo nega tanto a visão de conjunto quanto o (relativismo).
Na sociedade contemporânea predomina a modernidade e a individualização[8]. Estes temas investigados por Simmel e Bauman[9] nos oferecem elementos teóricos de grande relevância para a compreensão do comportamento do homem contemporâneo, bem como a concepção de homem e de sociedade. Os dois autores procuraram compreender o papel da razão na modernidade, e teorizaram sobre o seu aspecto móvel, dinâmico e instável.
Dinheiro e consumo, objetivação e instrumentalização, ambigüidade e ambivalência[10] são temas abordados por estes autores em suas respectivas obras.
Simmel analisa as relações que os homens estabelecem na modernidade. Para ele,o dinheiro[11] e a metrópole trazem consigo a dualidade. O homem urbano da grande metrópole tem um estilo de vida em que acentua a individualização e a impessoalidade. As relações estabelecidas ficam ao nível da troca de dinheiro por mercadoria.
A utopia ou a felicidade eterna (paraíso) não são mais a condição de transcendência e a expressão da liberdade e a busca do “infinito”. Mas sim, a alienação ao grupo onde ele está inserido, o contexto social, o torna possível numa utopia meramente mercantil, a realização no paraíso das compras, tornando-se a causa da “desumanização” ( o mau infinito).
Apesar de ter sido um período de excepcionais conquistas da ciência, o século XX não terminou bem. Muitas são as razões para esse estranho paradoxo. O vazio e a crise pairam no ar. Sente-se um mundo fragmentado, seu sentido se perdendo nessas fraturas, com múltiplos significados e contradições. Juntas, ciência e técnica não param de surpreender e revolucionar. Mas, esta ciência vencedora é simultaneamente hegemônica e precária”.[12]
O desenvolvimento científico contribui para produzir e pensar novas formas de relação homem/mundo. A razão traduzida no comportamento científico busca uma verdade; objetiva, intemporal e absoluta[13].
Muitas vezes, esta hegemonia vem carregada de falta de ética, carregando uma tendência apenas comercial ou de mercado onde as cobaias são os humanos.
Discute-se, então, o sentido de palavras como Ética que significa modo de ser, a forma de organizar a própria vida, é comum a palavra ética se confundir com a palavra moral. Moral significa costume ou regras que determinam a vida. Assim, moral indica as normas e valores que orientam a vida do ser humano para a convivência social.
A partir deste ponto, muitos sistemas, variantes do capitalismo são criados, em paralelo às divisões sócias. Estas, por sua vez, privilegiam alguns e submetem a maioria a um trabalho imposto, rotineiro e nada criativo. Ao invés de contribuir para a realização do ser humano, ele se autodestrói, distorcendo o estado de direito (valores) trocando, liberdade por libertinagem, num jogo de vale tudo, onde a banalização da vida e o desregramento moral de uma sociedade é natural, à luz dos olhos do mundo e muitas vezes interpretados como diversão (brincadeira) ou por ingenuidade, atentam com uma limpeza étnica, em nome da moral e bons costumes, não mensurando as conseqüências dos seus atos.
Analisando o seguinte caso do “Assassinato do índio Pataxó Galdino que completa 10 anos, incendiado em ponto de ônibus em Brasília por Cinco rapazes de classe média que foram responsáveis pelo crime.”[14]
O que levaria jovens, filhos de pais bem sucedidos, universitários, a cometerem atos tão grotescos ante a um ser humano desprovido de haveres, distante de sua comunidade, indefeso e desorientado naquele ambiente?
Em um país, onde os direitos do cidadão são garantidos, (na Carta Magna em seu artigo 5º, caput ,(princípio constitucional da igualdade), inciso I, da CF dispõe que:“homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição”.)[15]jovens se acham no direito de cometer uma atrocidade “rancorosa” contra a diferença, quebrando regras da ordem, por acharem estar acima de qualquer lei, ou apostam na certeza da impunidade advinda do estado, ou na morosidade do sistema judiciário, responsável pelo cumprimento dos direitos igualitários.
Acusados, foram sentenciados por "desprezo com o semelhante" e não por assassinato, tiveram, aos olhos do mundo, suas penas abrandadas.[16]
Com olhos no sistema evolutivo, poderíamos dizer que tais eventos acontecem em todos os grupos sociais existentes. Mas, o que devo, e o que é aceito, passa por uma tendência de diferenciação e destaque no grupo, e da formação de lideres e submissões de outros, aos caprichos dos mais fortes e ou poderosos que, usam seu poder econômico para se manter no comando tribal e hierarquias familiares exercem um peso fundamental em decisões globais.
As gerações criadas no pós-modernismo e a criada com base na razão contemporânea (racional) querem livrar-se do diferente, de tudo fora da “ordem” (gays, lésbicas, negros, índios, aleijados, prostitutas) instalando ambivalência. Condição essa baseada no tudo pode se quero.[17]
No combate da ambivalência ou no restabelecer a ordem, acontece uma fragmentação sistêmica levando ao caos dos sistemas implantados. No caos, tais fragmentos se juntam em outra dimensão formando uma nova ordem.
“A moderna humanidade se vê em meio a uma enorme ausência e vazio de valores, ao mesmo tempo, em meio a uma desconcertante abundância de possibilidades”.[18]

Estas mesmas condições também ditam a fronteira do finito, sempre adiado para um futuro distante nesta constante metamorfose mundana.
O ser humano em sua evolução criou e destituiu diferentes sistemas organizacionais na tentativa de homogeneização de sociedade.
O atual sistema capitalista ocidental (diferentes aos orientais, asiáticos e europeu) criou uma sociedade heterogênea com uma grande diferenciação de valores, onde alguns visionários tentam a todo custo ter sucesso e para isso usam seus semelhantes como degraus para o progresso.
As posses se tornaram o centro, onde o individuo passa a ser o quanto possui. O dinheiro um produto “moeda” impessoal, escraviza, corrompe, desonra, e desqualifica o ser humano, por que, com ele se pode tudo.
O mundo capitalista instiga a todo e qualquer cidadão como ser capaz de ser ele, a empresa, onde é possível investir, ou qualquer poderia investir.
Outro exemplo a ser estudado é a Revista VOCÊ S/A mostrando a banalização do ter, ou parecer, sobre o ser.
Sucesso financeiro
Reunimos seis histórias de pessoas comuns que conquistaram um patrimônio acima de 1 milhão de reais antes dos 40 anos. Você vai ficar surpreso como pode ser fácil enriquecer.[19]

A corrida em busca do sucesso tem criado diversas frentes e tendências culturais, dependendo da capacidade de cada indivíduo, sua ascensão aos altos títulos e honras com ou sem “sucesso” financeiro, termo este usado para definir aqueles que atraíram para si maiores quantidades de bens, muitas vezes supérfluos. Não é possível todos atingirem o topo do sucesso financeiro em pouco tempo. A idéia de conquistar tudo o que se deseja não é regra e sim exceção, ou seja, uma pequena parcela da população, enquanto, os demais amargam as frustrações.
Nesta semana, o planeta assistiu a posse de um novo mito. O fenômeno OBAMA, jovem, inteligente, dinâmico, mas, com as rédeas da maior potência em suas mão. Em seu discurso diz: “nós podemos”, afirmação de grande abrangência, pois, poderia estar se referindo a classe sempre oprimida, negra e pobres e a solidariedade com os países miseráveis ou as armas químicas, é sabido que o presidente leva abordo uma maleta de controles para destruir um país ou mundo de qualquer ponto onde esteja, ou ainda ao trabalho digno, à paz a igualdade social, à união dos povos, à educação abrangente, mas o mundo espera que seja o maior sentido humanitário, e que possa mostrar que realmente quando se quer se pode em seu sentido mais amplo desta expressão.
E será através da educação-ação libertadora, uma saída para solucionar esta utopia, sendo necessário refletir e redirecionar continuamente o conceito de homem que somos e que vamos construindo ao longo da história. Educar é um processo que vai além de oferecer conhecimento, é oferecer e extrair o que de melhor existe dentro das pessoas.
Já na antiguidade via-se o processo de aprendizagem “educação” como algo gostoso ou se gostava de fazer (brincar). Platão diz, que a vida deve ser vivida como uma brincadeira, bem como, o que a pessoa tinha de melhor era instigado por Sócrates em sua ação de “ensinar”[20].
A filosofia desenvolve a investigação análise, discussão, formação e reflexão de idéias ou visões de mundo em um nível geral, abstrato ou fundamental. Devem ser questionados os objetivos da educação, tanto como da filosofia. Devemos sair da transmissão de conteúdo, rompendo com as teorias que apenas reforçam certas ideologias.
Assim como na Grécia filosofia surge como mudança de paradigma com ruptura entre mito e razão, novamente esta ruptura deverá acontecer.
Suplantar o velho passa por mudanças quase radicais dos espaços, (4 paredes), estilo (jesuítico), e em especial do ser humano. A meta deverá ser superar-se a educação para abastecer o mercado de trabalho, por cidadãos críticos com novos conceitos e visões, além de uma reformulação da LDB e projetos pedagógicos, onde os educandários sejam espaços de manifestação de sentimentos, qualidades e defeitos.

Considerações finais;
“Gosto de ser gente porque, inacabado, sei que sou um ser condicionado, mas, consciente do inacabamento, sei que pode ir mais além dele.” (PAULO FREIRE, 1999. P.59).

Assim, dentro da minha limitação humana e cientifica tentei me ater à linha de reflexão proposta pelo Professor sobre a antropologia cultural e filosófica. Atualmente estou na busca de respostas para problemas postos em nosso cotidiano, e através da disciplina de antropologia consegui me encontrar ou realinhar os filos de minha pesquisa e me aproximar de respostas aos enigmas “científicos” mundiais. Para nós educadores que necessitamos rever constantemente nossos paradigmas e nossos comportamentos, é de fundamental importância buscar e refletir, como feito nesta disciplina.
Sobre o título do trabalho, conjuguei todo conhecimento mundano subtraindo da minha memória auditiva o que dezenas de mestres, muitas vezes anônimos, colocaram na tentativa de fazer um homem melhor, com meu conhecimento científico limitado, impregnado de porquês, causa pelos quais, estou novamente em sala de aula, por pensar que através das somatórias das mais “diferentes” ciências, possa um dia ter algumas respostas e ou possa ser mestre contribuindo na melhoria do mundo, e com ele o ser humano, porque o conhecimento transforma, dignifica e cria novas dimensões.
Se educar é uma ação de dentro para fora e um processo que vai além de oferecer conhecimento, extraindo o que de melhor existe dentro das pessoas, estou tentando me lapidar por acreditar nos “humanos” que ainda conseguem vislumbrar uma luz no fim do túnel, e depositam suas fichas em seus pupilos na intenção de transcender com um novo paradigma.
Nesta etapa, com certeza muitos pontos não foram suficientemente debatidos entre o docente e discentes, o que poderia ter me posto em desorientação ideológica com distorções e interpretações errôneas dentro deste trabalho formal, e não ter conseguido atender as expectativas, ou por deficiência própria, não conseguir acompanhar estes moldes da educação.
“Hoje, como no passado, nos defrontamos com uma educação muito aquém da ideal, e que carrega em seu bojo questões, que foram largamente estudadas pela sociologia como as condições de discriminação, seleção e exclusão e sucesso. Em busca de mudanças nesta situação de calamidade vivida pela educação no Brasil, foi que educadores brasileiros realmente comprometidos com sua missão se aproximaram e se identificaram com as idéias de “Gramsci”. ” (Scocuglia, 1988).
“ A raiz mais profunda da politicidade da educação se acha na educabilidade mesma do ser humano, que se funda na sua natureza inacabada e da qual se tornou consciente.” (PAULO FREIRE,1999, P 124).
Homenageando Todos os mestres na pessoa do Doutor GUINDANI, somado aos poderes que regem as tendências psico-socio-culturais de um país ou do mundo, com quem faz acontecer a política, com política públicas e do povo, novos rumos serão dados as futuras gerações, que, com certeza poderão se amparar na educação, usufruindo do conhecimento para uma melhor desempenho de suas funções comunitárias e com muito mais qualidade de vida, porque;
“O conhecimento gera o poder e quem detém o poder tem conhecimento e o utiliza como força de manobra para o bem ou mal de seus grupos sociais. (supra-sumo filosófico-cultural)”.












REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS


ARAUJO. Maria Lucia Arruda & MARTINS.Maria Helena Pires. Filosofando SP. 1996.

CHAUI Marilena Filosofia Série Brasil. (Didático. 2006)

FERREIRA, Tatiana.O mito do consumo.
http://pt.shvoong.com/humanities/h_philosophy/1786955-mito-consumo/ (pesquisado em 20/1/2009.
HABEMAS (in – ARAUJO. Maria Lucia & MARTINS.Maria Helena Pires ).Filosofando.p, 6 a 8 ( didático-2008)

GUINDANI. Evandro Ricardo. Apostila e anotações de aula UPAP. PY.(10 e 11/01/2009)
OLIVIERI, Antonio Carlos. A fé na razão e a valorização da ciência.
.http://educacao.uol.com.br/filosofia/ult3323u2.jhtm

_____________A ética e os estereótipos irracionais
http://educacao.uol.com.br/filosofia/ult3323u16.jhtm

OLIVEIRA. Pérsio Santos Sociologia 25º edição. capítulo 8, pg 151 a 157

RODRIGUES, José Antonio. Monografia de especialização em filosofia e sociologia, IDEAL, 2006.

SILVA. Natalina Salete Bertoncello. A Filosofia em Todos os Tempos 2º edição 2004
SIMMEL e BAUMAN: Revista Eletrônica dos Pós-Graduandos em Sociologia Política da UFSC - Vol. 4 n. 1 (1), agosto-dezembro/2007
http://www.emtese.ufsc.br/vol4_art6.pdf (pesquisado em 13/01/2009)

http://www.brasilescola.com/psicologia/consumismo.htm (pesquisado em 25/11/2008)
http://pt.shvoong.com/humanities/h_philosophy/1786955-mito-consumo/ (pesquisado em
05/12/2008.
http://www.policiacivil.sc.gov.br/beta/default.asp?ver=vernoticias&cod=1610 (pesquisado em 06/01/2009)
http://www.quatrocantos.com/LENDAS/67_nepotismo.htm acessado em 06-01-2009

Texto-síntese do livro Ética e poder na sociedade da informação; de como a autonomia das nvas tecnologias obriga a rever o mito do progresso. Ed. Unesp,durante a 24ª Reunião Anual da ANPEd, Caxambu-MG, 2001. http://jus2.uol.com.br/pecas/texto.asp?id=290



[1] ARRUDA, Maria Lucia Arruda & Maria Helena Pires Martins. filosofando pág 6
[2] OLIVEIRA, Pérsio de. Sociologia. Capitulo 8, pg. 151- 157.
[3] Habermas
[4] CRQ – Conselho regional de Química (segredos das ciências)
[5] Referenciando- Natalina Salete Bortoncello “a filosofia em todos os tempos”
[6] In Chowi Marilena Filosofia serie Brasil p-5
[7] In chowi Marilena filosofia série Brasil p-6
[8] A modernidade e a individualização são dois dentre os temas de maior relevância nos debates das ciências sociais, são os temas centrais presentes no trabalho de dois grandes pensadores: Simmel e Bauman.

[9] Simmel, como um dos fundadores da sociologia, e Bauman, como um dos mais produtivos sociólogos da atualidade, desenvolveram uma teoria da modernidade, e também uma teoria da individualização.

[10] Tanto para Simmel quanto para Bauman há um reconhecimento de que a existência humana é profundamente ambígua. A compreensão de ambos à cerca da modernidade é marcada por esse reconhecimento da ambigüidade. Para Simmel a modernidade, em suas contradições, não reflete nada mais que a ambigüidade humana fundamental. E para Bauman a modernidade significou uma luta contra essa ambigüidade, uma tentativa de sujeitá-la ao domínio racional

[11] O dinheiro tem papel fundamental na teoria da modernidade desenvolvida por Simmel, representa, conjuntamente com a metrópole, os fatores centrais do modo de vida moderno.O dinheiro é, para Simmel, a força que une e afasta. Ao se tornar meio de troca universal, o dinheiro permite uma aproximação entre diversas pessoas. Todos podem se comunicar pela linguagem universal do dinheiro. Por via do comércio – que com a modernidade é comércio global – o dinheiro aproxima pessoas que nunca estariam próximas de outro modo. Por outro lado, ele afasta. Afasta porque a relação social estabelecida por meio do dinheiro é meramente instrumental. O contato que se dá através do dinheiro – ao contrário das trocas comerciais de sociedade sem dinheiro – é impessoal, não cria vínculos que possam perdurar, é uma relação social em que o objeto (o dinheiro) adquire a centralidade. Além disso, o dinheiro opera um nivelamento gradual do social, ele reduz tudo à relação comercial. Com o dinheiro tudo se torna passível de ser medido e contabilizado, o valor se reduz ao valor monetário. A lógica do cálculo da economia monetária penetra a modernidade e influencia decisivamente no caráter racional da modernidade. Dentro da lógica do cálculo racional, o dinheiro torna tudo indiferente, destrói as diferenças, pois, em última instância, através dele tudo pode ser obtido.

[12] Texto-síntese do livro Ética e poder na sociedade da informação;
de como a autonomia das novas tecnologias obriga a
rever o mito do progresso, publicado pela Ed. Unesp, referência
para a exposição do autor no GT Sociologia da Educação, durante
a 24ª Reunião Anual da ANPEd, realizada em Caxambu-MG, de 7
a 11 de outubro de 2001.

[13]Identidade e diferença em movimento:
ressonâncias da obra de Deleuze
Ver.Dep.psicol. UFF v.18 n.2 niteroi jul.2006
[14] Nota da internet http://www.quatrocantos.com/LENDAS/67_nepotismo.htm
[15] Carta magna artigo 5°, inciso I, da CF.

[16] Nota de internet http://jus2.uol.com.br/pecas/texto.asp?id=290
[17] Simmel e Bauman ( o mundo sólido) tudo visto com desconfiança
[18] Berman , p 21
[19] Revista VOCÊ S/A
[20] RODRIGUES, José Antonio. Monografia de especialização em filosofia e sociologia, IDEAL, 2006.

PSICOSOCIOLOGIA PARA EDUCADORES

UPAP- UNIVERSIDADE POLITÉCNICA E ARTÍSTICA DO PARAGUAI
REITORIA E ESTUDOS DE PÓS-GRADUAÇÃO
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO "STRICTO SENSU"
MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
CAMPUS - CIUDAD DEL ESTE














DISCIPLINA: PSICOSOCIOLOGIA PARA EDUCADORES

PROFESSORA: Dra. NORMA BAS

Mestrando: ELÓI INÁCIO KUHN










CIUDAD DEL ESTE – PY – 2008.






PERCEPÇÃO SOCIAL

A COMPREENÇÃO DO SER HUMANO

O senso comum usa um ditado popular que diz: “A primeira impressão é a que fica”. Mas será que a primeira impressão corresponde à realidade? Não será apenas uma idéia que fazemos do outro ou vice-versa?

O primeiro processo desencadeado é o da percepção social. Percebemo-nos um ao outro. E percebemos não só a presença do outro, mas, o conjunto de características que apresenta, o que nos possibilita "Ter uma impressão" superficial.

Impressão estas possíveis porque, nossos contatos com o mundo, nos permitem organizar estas informações em nossa cognição (organização do conhecimento a nível da consciência), e nos permite compreender ou categorizar o novo.

Assim, se estiver vestido de calça jeans, camiseta, e com cadernos e livros nas mãos, a sua aparência for jovem nos permitirá percebê-lo como um estudante. Enquanto, com o dobro de idade, um estilo semelhante de vestir, serão categorizados como professores.

A percepção é, pois, um processo que vai desde a recepção do estímulo pelos órgãos dos sentidos até a atribuição de significado ao estímulo. (http://www.geocities.com/ludivick/psisocial/link1.html)



A COMPREENSÃO DE NÓS MESMOS


A COMPREENSÃO DOS OUTROS



SORISO DISSIMULADO







SORISO VERDADEIRO

Questionamentos.
- Quais nossas compreensões e percepções das imagens apresentadas?
- Cada um de nós tem compreensões diferentes dos outros.
- Qual é a compreensão que os outros têm de nós?

Compreender o outro e a nós mesmos é um exercício psicológico cotidiano. Constantemente nos indagamos, quem somos ou quem é?
A percepção social é um dos aspectos mais básicos e importantes da vida em sociedade e os esforços para compreender as pessoas fazem parte da nossa vida e tomam formas muito distintas.

Na convivência social, a primeira coisa que temos que fazer é compreender os sentimentos, as emoções e estado de ânimo dos outros. A segunda é tentar entender as causas do comportamento dos outros.

A percepção que temos dos outros e a percepção que os outros têm de nós, é um conhecimento racional. Baseado na idéia que fazemos dos outros ou vice versa.

Contrariamente ao conhecimento que passa pela experiência, o conhecimento que vem das idéias é um conhecimento que não nos dá uma certeza.

Devemos encontrar o por quê as pessoas atuam de tal forma como se apresentam a nós. Isso geralmente inclui:
- Compreender suas motivações, suas intenções e suas peculiaridades ou tendências.

Neste trabalho visualizaremos um exame em detalhes sobre: a comunicação verbal e a atribuição porque ambos são importantes aspectos da percepção social, embora não sejam seus únicos componentes.

Comunicação não-verbal: a linguagem não falada.

Nossa forma de pensar e falar é freqüentemente afetada por causas temporais. Exemplos: estado de ânimo, emoções diversas, cansaço, enfrentamentos... Tudo isso pode influir no nosso modo de pensar e de agir.

Cada indivíduo difere notavelmente em sua expressão emocional em menor ou maior grau em sua manifestação externa de emoções. Essas diferenças estão diretamente relacionadas com o comportamento social e o equilíbrio psicológico pessoal.

Através dos indicadores não verbais podemos perceber quando os outros tentam nos enganar.

Canais básicos de comunicação não verbal:
1º Expressão facial
2º Contato visual
3º Movimentos corporais
4º Posturas
5º Contato.


Num primeiro momento temos as seguintes emoções básicas que aparecem nas feições humanas ao relacionar-se com os outros: a cólera, a raiva, o medo, a alegria, a tristeza, a surpresa e o nojo.


Num segundo momento precisamos estabelecer uma relação de contato visual olho no olho. Os olhos são as janelas da alma.



Terceiro momento: O corpo fala através de gestos, posturas e movimentos.


Num quarto momento temos a postura corpórea, os movimentos de membros.- Postura ameaçadora- Postura de acolhimento- Postura humilde...

Num quinto momento temos o contato físico, o toque.Tipos de toques: carinho, interesse sexual, dominação, agressão.
Reação: depende ação de cada indivíduo.
Como distinguir quando uma pessoa está mentindo? Temos aqui dois tipos de mentiras. A mentira altruísta e a mentira enganosa.
*No primeiro caso, a mentira ocorre quando omitimos dizer a verdade para não magoar ou causar danos à pessoa.
*No segundo caso, a mentira ocorre quando se tem o propósito de causar um dano à pessoa.

àA pessoa mentirosa que consegue convencer pela fala pode apresentar linguagens corporais que expressam que ela esta mentindo.

ATRIBUIÇÃO ou PERFIL: É a compreensão das causas de conduta dos outros.Atribuição ou perfil são as qualidades de um indivíduo. Através da observação é possível detectar os perfis (atribuições) de determinados tipos de pessoas.

à Nesta teoria: compreenderemos como tentamos dar sentido ao entorno social.
A Atribuição é considerada uma questão complexa. Os estudiosos se concentraram em duas questões básicas.

Dos atos às tendências:
A conduta dos outros como indicativo de suas tendências estáveis. A primeira destas teorias é a teoria da inferência correspondente (Jones e Davis 1965) esses autores questionam como utilizamos informações sobre o comportamento dos outros.

Esta teoria trata de como decidimos, baseando-nos em ações e observações dos demais, que estes possam ter tendências ou disposições específicas que extrapolam de uma situação a outra. As atribuições são influenciadas pela diminuição (ausência) de uma atitude racional aumentando a predisposição para uma determinada conduta.

Desestabilidade social:
Jones y Davis sugere que prestemos uma maior atenção as ações dos que comportam uma baixa desestabilidade social à que aquelas que são elevadas em esta dimensão.

*Aprendemos mais com as tendências anormais (erros) do que as normais (acertos)

Recursos na atenção e perfis de ações: O que aprendemos (e o que não aprendemos) com as condutas disfarçadas ou encobertas.

Esta teoria tem sido aplicada em grande número de problemas práticos, por exemplo: tem se mostrado muito útil para encontrar tratamento efetivo para a depressão e tem aclarado de modo importante porque as vítimas de violência ou abusos são consideradas culpadas.

1º caracterização de uma conduta individual (dizemos que isto é tudo).
2º caracterização da conduta (utilizamos para inferir traços específicos).
3º corrigimos nossa inferência à luz da informação sobre a situação na qual esta teve seu lugar.

Normalidade e anormalidade:
Isso não é normal?

Os defeitos, a anormalidades são rechaçadas. O defeito está no outro. Como no caso da música A bailarina. Procurando bem todo mundo tem, só a bailarina que não tem.




Ciranda da bailarina – Chico Buarque.
Procurando bemTodo mundo tem perebaMarca de bexiga ou vacinaE tem piriri, tem lombriga, tem amebaSó a bailarina que não temE não tem coceiraBerruga nem frieiraNem falta de maneiraEla não temFutucando bemTodo mundo tem piolhoOu tem cheiro de creolinaTodo mundo tem um irmão meio zarolhoSó a bailarina que não temNem unha encardidaNem dente com comidaNem casca de feridaEla não temNão livra ninguémTodo mundo tem remelaQuando acorda às seis da matinaTeve escarlatinaOu tem febre amarelaSó a bailarina que não temMedo de subir, genteMedo de cair, genteMedo de vertigemQuem não temConfessando bemTodo mundo faz pecadoLogo assim que a missa terminaTodo mundo tem um primeiro namoradoSó a bailarina que não temSujo atrás da orelhaBigode de groselhaCalcinha um pouco velhaEla não temO padre tambémPode até ficar vermelho Se o vento levanta a batinaReparando bem, todo mundo tem pentelhoSó a bailarina que não temSala sem mobíliaGoteira na vasilhaProblema na famíliaQuem não temProcurando bemTodo mundo tem...




















Isso é normal....!!!!




Tipos de condutas:
Conduta clara: - categorização
- caracterização
- correção


Conduta encoberta: - categorização
- caracterização
- Não tem correção





A percepção social se apresenta como uma espécie de pré-condição do processo de interação social, exatamente porque ela permite uma análise recíproca e inicial dos sujeitos. A percepção social começa no instante que a estimulação sensorial chega ao “percebedor” e tem seu fim em uma tomada de consciência. Os meandros desse caminho apresentam uma série de variáveis e interferências cognitivas que vão influenciar a finalização do processo.

Alguns fatores interferem no processo perceptivo como:

A) Seletividade perceptiva: Diz respeito ao fato de que apesar das pessoas serem bombardeadas por uma grande quantidade de estímulos, apenas umas partes é captada.
B) Experiência previa: A familiaridade em relação a um estímulo faz com que a pessoa tenha maior disposição para responder a ele. Enfim, nossas vivencias passadas nos predispõem a mais facilmente percebermos os estímulos conhecidos em detrimento os desconhecidos.
C) Condicionamento: A sombra do behaviorismo também tem seu espaço na psicologia social. Quando reforçarmos certos tipos de percepções colocando outros possíveis em segundo plano, a tendência é de viciarmos os sujeitos em apenas uma percepção possível.
D) Fatores contemporâneos ao fenômeno perceptivo: O estado do “percebedor” frente ao percebido no dado momento da percepção também pode deixar marcas na mesma. Assim o cansaço, estresse, sede, ira, ciúmes etc... Podem alterar a percepção do sujeito em uma direção totalmente nova.
Segundo estudos de Bruner e Goodman sobre a percepção social, um grupo de crianças foram submetidas a seguinte atividade: elas tinham que replicar o tamanho de moedas reais em um projeto de luz. Verificou-se que quanto maior o valor da moeda maior era a distorção para mais da moeda no projetor. Isso significa que a distorção do tamanho da moeda tinha relação com o valor subjetivo da mesma.

Estímulo distante: Chama-se de estimulo distante (ED) a percepção real e objetiva da ação. Para tal ação chegar à consciência, é preciso condições mediadoras (M) como condições do ambiente, luz, expressões faciais e verbais (comportamento) que facultam a transformação do ED em estimulo próximo (EP)>, tal qual EP= f (ED x M).Aqui começa a fase psicológica da percepção, onde o EP vai sofrer a ação dos processos etiológicos (PRP) como estereótipos, preconceitos, interesses, necessidades, tendenciosidades cognitivas etc. até a formulação do percepto (PT) que é a conscientização da ação.
Fica claro então que os processos psicológicos têm papel preponderante no juízo que as pessoas fazem sobre suas percepções. Por isso é prolífico o campo de estudo acerca da acuidade no julgamento de outrem, pois isso está preso ao fato de nossas cognições influenciam e muito a formação do percepto.
Seguindo esta linha, vemos a importância que os estereótipos tem na formação de impressão de pessoas. È mister esclarecer que os estereótipos podem ser negativos ou positivos, pois se constituem na atribuição de certas características a pessoas de certos grupos, aos quais se atribuem determinadas nuances. O estereotipo provoca alterações na formação do percepto, pois, ele funciona como um processo psicológico (PrP) filtrando o EP e o alocando muitas vezes a mercê de suas expectativas.
Outro fator que aparece para modificar o processo perceptivo é o propalado preconceito. Este se traduz como, segundo Aroldo Rodrigues, uma atitude negativa e aprendida frente a determinado grupo, que sem sombra de duvida pode alterar a percepção sobre determinada ação social.
A atribuição diferencial de causalidade, a qual será colocada na ribalta agora, apresenta-se como mais um destaque nos processos capazes de influir na formação do percepto. Por atribuição diferencial de causalidade é entendido o reconhecimento de intencionalidade na realização de um ato, isto é, se a execução do ato se deve a fatores independentes ou dependentes da vontade da pessoa de origem do ato.
No substrato desse constructo estão alguns conceitos que são peremptorios para a compreensão do mesmo como:
Propriedades disposicionais : São propriedades que dispõem objetos e acontecimentos a se manifestarem de certas formas em dadas circunstâncias , de tal sorte que nos permitem formar uma concepção de mundo ordenada dos estímulos aos quais compactuamos no ambiente.
Forças pessoais e ambienciais: São variáveis independentes e aditivas que prescrevem o resultado de uma ação x, de forma que x é igual à função de forças pessoais e ambienciais sendo que a primeira é dividida em poder e intenção, logo :
X = (poder x intenção + ambiente)
Causalidade pessoal e interpessoal: Quando é perpetrada uma ação x , a origem ou a responsabilidade da ação pode ser atribuída à pessoa d quem ela emana ou pode-se interpretar que ela foi impelida a realizá-la. NO primeiro caso, trata-se de causalidade pessoal e no outro de impessoal.
A causalidade pessoal tem por características a causalidade local, que se refere à percepção por o que p fez a ação, foi à origem local da mesma com intencionalidade e a equifinalidade, isto é, realizou a ação porque tinha em mente determinado fim. Na causalidade impessoal o fim é consignado pelo ambiente e não pelo executor da ação. È cristalina que se a responsabilidade do ambiente aumenta a pessoal cai e vice-versa
Há, segundo Heider, três níveis de causalidade possíveis em função da formulação teórica já exposta. O primeiro nível é quando um observador O não consegue ligar uma ação x a um executor p, sendo a sorte ou destino alçada a condição responsável. O segundo nível ocorre quando O liga x a p mas, ainda não definiu a intencionalidade ou não do mesmo e finalmente, ao último nível se dá quando a causalidade pessoal é atribuída a p.

Aplicações Práticas dos Conhecimentos sobre o Fenômeno de Percepção Social

a) Psicologia da propaganda
A mensagem transmitida pela propaganda deve ser apresentada de forma tão clara que torna difícil sua distorção pelos processos psicológicos. Quanto mais específico for o estímulo distante, aliado a boas condições mediadoras, maior será a probabilidade de o destinatário perceber o estímulo distante tal como ele é na realidade.


b) Psicologia do boato
A importância do assunto e a ambigüidade do mesmo são as condições essenciais para a propagação do boato. No boato e na transmissão de qualquer informação ambígua, as pessoas que fazem parte da cadeia de transmissão da informação alteram o conteúdo da mensagem devido à ação dos processos psicológicos.

c) Psicologia das discussões
As pessoas não gostam de serem contraditas em suas idéias, opiniões, sentimentos e julgamentos, e quando duas posições entram em choque, sobre elas se estabelece uma discussão, que é sempre conduzida num clima de alta emotividade. Inúmeras são as distorções perceptivas acarretadas pela emocionalidade e demais processos psicológicos destorcidos dos estímulos que nos atingem durante uma discussão. Comunicação com as emoções e sentimentos irracionais controlados é recomendada para que as discussões possam conduzir a algo construtivo e não a conflitos.

d) Psicologia do remorso e do sentimento de realização
Sentimos remorso quando deixamos de fazer algo que podíamos e devíamos fazer ou quando cometemos algum ato que não devíamos cometer. Se estiver além de nossas forças não fazer o que devemos ou fazer o que não devemos, não há remorso. Quando realizamos algo meritório por razões outras que não são a nossa intenção e habilidade de fazê-lo, não há sentimento de realização. É a maneira pela qual percebemos nossos atos que determina o sentimento de remorso e o sentimento de realização.

e) Psicologia das relações internacionais
Geralmente, os dirigentes de um país vêem suas ações como sendo as melhores, conducentes à paz mundial, à justiça e à prosperidade; as ações do adversário são sempre as piores, dominadoras e exploradoras. O grau do temor expresso por uma nação em relação à outra depende da percepção da capacidade do adversário e de sua intenção de causar dano.



f) Rotulação das pessoas e suas conseqüências
Uma vez rotulada, é difícil para a pessoa alvo da rotulação mudar sua imagem. A tendência à rotulação decorre da necessidade que temos de simplificar nossas relações interpessoais, fazendo com que certos comportamentos sejam antecipados, nós tendemos a perceber a pessoa à luz do rótulo que lhe foi imputado. Embora comum tal tendência à rotulação é perigosa e leva a injustiças e erros de julgamento
Nossas percepções são distorcidas pela rotulação, pois nos predispõe a antecipar comportamentos compatíveis com o rótulo. Isso acarreta duas conseqüências: a) comportamentos que não se harmonizam com o rótulo imposto tendem a passar desapercebidos ou são deturpados para adequar-se ao rótulo; b) as expectativas ditadas pelo rótulo fazem com que sejam salientados os comportamentos com eles compatíveis e o nosso próprio comportamento frente à pessoa rotulada pode a induzir a comportamentos coerentes com os que antecipamos.

g) Atribuição de causalidade e suas aplicações a outros setores da psicologia
As causas de sucesso ou de fracasso podem ser atribuídas a fatores internos (habilidade, esforço) ou a fatores externos (dificuldade da tarefa, sorte, azar). Tais fatores internos e externos podem ser estáveis (habilidade, dificuldade da tarefa) ou instáveis (esforço, sorte). Além destas duas dimensões (internalidade/externalidade e estabilidade/instabilidade), há também a controlabilidade, pois determinados aspectos estão fora do controle das pessoas.
Os atores tendem a fazer atribuições situacionais (externas) enquanto os observadores tendem a fazer atribuições disposicionais (internas). O terapeuta, utilizando os conhecimentos de psicologia social acerca do fenômeno de atribuição de causalidade, deve ajudar seu cliente a atribuir seu comportamento às suas verdadeiras causas. (http://www.geocities.com/vinivasc/psicologia/percepsoci.htm - pesquisado em 02/12/2008.

OBS; TRABALHO APRESENTADO PELO PRIMEIRO GRUPO,
AGORA INDIVIDUALIZADO

BIBLIOGRAFIA

http://www.geocities.com/vinivasc/psicologia/percepsoci.htm - pesquisado em 02/12/2008
(http://www.geocities.com/ludivick/psisocial/link1.html)

Apostila fornecia pela UPAP – Universidad Politécnica Y Artística Del Paraguay. (Dra. Norma Blas.