sábado, 25 de abril de 2009

ANTROPOLOGIA CULTURAL E FOLOSÓFICA EM METAMORFOSE

Universidad Politécnica y Artística del Paraguay
Reitoria E Estudos De Pós – Graduação
Curso De Pós – Graduação ‘Stricto Sensu’
Mestrado Em Ciências Da Educação













ANTROPOLOGIA CULTURAL E FILOSÓFICA EM METAMORFOSE





PROFESSOR: DR. Evandro Ricardo Guindani






Mestrando: Elói Inácio Kuhn









Ciudad Del Este – PY –Janeiro de 2009

ANTROPOLOGIA CULTURA E FILOSOFIA EM METAMORFOSE



As diferenças entre os animais, não são apenas de grau, pois enquanto o irracional permanece mergulhado na natureza, o ‘racional’ é capaz de transformá-la, e ou destruí-la e resultado da ação do homem sobre o meio é chamado de cultura, palavra esta com diferentes conotações, tais como; cultura da terra ou cultura de um letrado.
Em antropologia, cultura significa tudo que o homem produz ao construir sua existência, as práticas, teorias, instituições, valores morais, materiais e espirituais. Se este contato com o mundo for intermediado por símbolos, estes foram elaborados por outros em diferentes lugares e épocas. Portanto, cultura é um processo de auto-libertação progressiva do homem, o que o caracteriza com um ser em mutação ou de projeto, que se faz à medida que transcende a sua própria experiência.[1]
Não há caminho pronto, o homem se define pelo lançar-se no futuro, antecipando, por meio de projetos, sua ação consciente sobre o mundo, onde, nada mais é absoluto e tudo se torna questionável.[2]
Assim ao se tornar frágil, o humano perde a segurança, que é característica dos animais em harmonia com a natureza. Ao mesmo tempo o que parece ser fragilidade é o que o caracteriza como ser humano em sua tendência mais nobre “a capacidade do homem em construir sua historia”.[3]
Capaz de pensar, dialogar e executar tarefas sociais, por meio do trabalho, atividade humana por excelência, pela qual o homem intervém, na natureza e em si mesmo. o homem transforma o mundo e a si mesmo e esta transformação só será completa se houver uma ação coletiva.
O mundo cultural no qual estamos inseridos é um sistema de significados pré-estabelecidos por outros, a ponto de uma criança ao nascer encontrar uma infinidade de valores prontos,, situando-a e levando-a a reconhecer a língua que vai falar e escrever, as maneiras de vestir-se, alimentar-se e portar-se, tudo codificado desde sua vida uterina.
Até mesmo as emoções que parecem ser espontâneas, ficam a mercê das normas de uma comunidade que dita as regras e suas manifestações (mortes, nudismo, choro, valores sexuais, morais estéticos e etc).
A heterogeneidade de povos e sistemas existente sobre o planeta, onde a soberania e os espaços têm diferentes interpretações, alguns termos, como, democracia ou globalização em muitos ambientes não tem nenhum valor. Culturas, crenças, povos heterogêneos e miscigenados, evoluem em diferentes linhas de conhecimento, buscando novos lideres, novas perspectivas, ditando novas ordens e valores, tentando limitar a uma população quase incontrolável.
A humanidade está próxima de uma “convulsão social” generalizada. As diversas faces da polivalência fragmentando de todos os estados de direito e da ordem, direcionam ao caos eminente.
Grande parte das crises existenciais passa por este alinhavado, onde o ter já não mais satisfaz, ou os fracassos são responsáveis pelo sentido da vida perder seu valor. O ser humano, desde sua essência, é social e o isolamento lhe traz grande angústia, acarretando a volta às suas origens (colo de mamãe) para se reencontrar. Tal retrocesso recriam e ou criam novos modelos de sobrevivência.
Em termos científicos, nos diversos campos, (que tudo resolve), centena de tentativas frustradas e equivocadas vem nos assombrando. Em troca de vida mais fácil em todos os sentidos, venenos, drogas, medicamentos sintetizados, alimentos quase artificiais, modificam nossos hábitos ancestrais, impregnadas em nossa genética de forma abrupta condicionando-nos a degeneração, com aparecimento de grande quantidade de doenças, ou defesas produzidas pelo organismo contra um inimigo invisível. Cada vez mais são necessárias pesquisas para corrigir o que está errado ou, muitas vezes, irreversível.
No campo ciências biológicas, destacamos as invasões de plantas daninha, que vem junto com o progresso, se sobrepondo aos nativos, causando colapsos na produção de alimentos ou mesmo os geneticamente modificados ou, ainda, espécies de animais advindos de outras regiões globais acabam exterminando as populações da fauna e da flora nativa.
O universo (natureza) proporciona tudo aos que criou, portanto, questiona-se se voltarmos a nos alimentar como nossos “avôs”, a humanidade não teria mais qualidade de vida? A água fonte natural de vida, ainda é viva? O alimento criado em laboratório, mantido com toda sorte de venenos e nutrientes sintetizados, mantém a qualidade que nosso organismo precisa?
Aos conscientes falta dar um basta, com “exame de consciência”, um voltar às raízes,voltar a buscar água na fonte “viva” sem venenos no alto dos morros ou dentro da mata; plantar na terra onde os micro-organismos quebram as macro moléculas do solo para serem aproveitados pelas plantas, produzir ao natural, e competir com lagartas e gafanhotos na busca por alimentos saudáveis. Pequenas hortas conseguem garantir alimentos para “batalhões”.
Urge esquecer um pouco que o mundo gira, voltando-nos ao recolhimento benevolente trabalhando a partir do desenvolvimento tecnológica (a longa distância) fora do streess responsável por perdermos o mais digno do ser humano, a sensibilidade para conosco mesmos.
Para exemplificar, nossa vibração elétrica que até os anos 70 e 80 era de 7,8 Hetz, e dava a dimensão do dia de 24 horas, se alterou a quase 70 Hetz dando-nos a impressão de o dia ser curto faltando tempo, ou seja, em nosso relógio biológico interno realmente o dia tem 16 horas, logo, nos falta tempo, neste ritmo o ser humano caminha a passos largos para sua extinção.[4]
Mas de onde vem tal diferença?
O planeta, hoje um amontoado de metrópoles, construiu uma máscara de concreto, quase sem áreas verdes, que, não conseguem fazer a fotossíntese para retirar a enorme quantidade de CO2 produzida por uma superpopulação começou, ha tempos, dar sinais de exaustão, além do curso natural, a interferência energética do astro rei (sol) responsável direto por grande parte das situações sobre a terra, e associado ao ajustes geológicos e vulcões, provocam toda sorte de eventos, tendo apenas as benesses do mar para fazer o equilíbrio das temperaturas sobre o planeta, associada à conjuntura galáctica.
A Terra em seu processo de resfriamento (adversidades externas) vem provocando oscilações com diferentes correntes de águas e ventos (frentes frias). Para exemplificar, janeiro / 2009 aqui, e nevascas no hemisfério norte, eminente sinal de uma nova era do gelo, que por sua vez, provoca migrações de todas as espécies animais em busca de readaptação, congestionando e contaminando os habitats na faixa equatorial e o despovoamento abaixo dos trópicos a ponto de o caos se instalar e a caverna ser o refúgio dos próximos Adões e Evas.
Num sentido pragmático, tomamos o cuidado para não sermos retrógrados, nem pessimistas ao extremo, mas, tem pouco a se fazer pela vida do planeta. O homem age como se fosse eterno, sobre tudo e sobre todos, parece não vislumbrar o melancólico fim. Mesmo sabendo do preço a pagar, cria, amplia, mescla, fragmenta em direção ao caos, onde a fome e a sede e frio matarão aos milhões das mais diferentes formas.
A vida sobre o planeta é fruto do puro acaso das condições em que a terra se encontra em relação ao sol, e sua energia calorífica interna, construiu uma camada chamada de “efeito estufa” que mantém o clima numa uniformidade surpreendente a milhões de anos, com pequeníssimas variações. Mesmo assim, estas ditam o destino da vida sobre o planeta e de tempos em tempos acontece a reorganização universal.
O universo segue seu ciclo, e na terra, espécies vêm e passam quando não mais se adaptam ao meio. O ser humano segue este mesmo ciclo da seleção natural, todos os dias os mais fracos sucumbem, e novas espécies vem para ocupar o espaço deixado. Assim a vida se adapta aos diferentes ambientes numa metamorfose constante.
Será que os sociólogos e filósofos, não deveriam somar reconquistando seu espaço e pôr em prática sua eloqüência, tentando conter a densidade demográfica, bem como, reconstruir os preceitos humanísticos ao invés o “ter” selvagem?
“O homem não é o que é, mas é o que não é”
(Gusdorf, In. Oliveira, Pérsio. Sociologia. Cap.8,p. 151)

Com que forças o ser humano chegará a meados do milênio, ante a essa utopia ou mito de progresso? A quem cabe colocar a nova ordem? Aos débeis visionários ou a elite pensante? Por que pessoas detentoras do saber, os profissionais em educação, não fazem revisão e estudo constante dos paradigmas e comportamentos da sociedade?
Os sistemas impostos aprisionam o indivíduo numa ‘rede’ muitas vezes sem saída, tornando o mundo massificado, podendo ser pela aceitação sem critica dos valores impostos pelo grupo social ou pelo paradoxo da convivência numa certa sociedade, mas, que só acontece a partir dela.
Assim a sociedade é uma condição de alienação ou de libertação do indivíduo, podendo perder-se ou encontrar-se em sua criatividade.[5]
Quando paramos para refletir a vida diária, e observamos, ou descobrimos uma nova teoria é porque saímos de nossa mesmice, um grande remédio para vencer o preconceito, o dogmatismo e as condições inabaláveis, portanto, paralisantes.
No (séculos XV e XVI) período do Renascimento, profundas transformações aconteceram no campo da política, da economia, das artes e das ciências. O século XVII, a Filosofia estava no auge. Época das grandes criações do espírito científico, como as teorias de Galileu Galilei e o experimentalismo de Francis Bacon, René Descartes foi o maior expoente do chamado "racionalismo clássico". O pensamento passou a voltar-se para si mesmo. O homem começou a pensar na sua própria maneira de entender o mundo.
Kant distinguiu entre o reino da natureza (submetidas às leis da natureza), e o reino da moral (advindos das ações humanas) finalidades racionais.[6] Como autêntico representante da Filosofia do século XVIII, era defensor incondicional do papel da razão no progresso do homem. Kant elaborou as bases de toda a ética que viria a seguir. A formulação do famoso "imperativo categórico" guiou seu pensamento no campo da moral e dos costumes. Kant criou duas obras magistrais, a "Crítica da Razão Pura” (1781) e "Crítica da Razão Prática" (1788)
Hegel define natureza e cultura como sendo aspectos de uma mesma realidade, a razão, o racional e a razão universal (espírito) contrapondo a teoria Kantiana[7].
Já século XIX, na França, criado por Augusto Comte, o Positivismo. Doutrina criada em suas duas obras principais, o Sistema de Filosofia Positiva e o Sistema de Política Positiva.
O método geral do positivismo de Auguste Comte consiste na observação dos fenômenos, subordinando a imaginação à observação (ou seja: mantém-se a imaginação), mas há outras características igualmente importantes. Na obra Apelo aos Conservadores(1855), Comte definiu a palavra "positivo" com sete acepções: real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico e simpático. Duas características são hoje reconhecidas por todos: a visão de conjunto, ou o holismo ("orgânico"), e o relativo (embora haja uma curiosa e extremamente difundida versão que afirma que o Positivismo nega tanto a visão de conjunto quanto o (relativismo).
Na sociedade contemporânea predomina a modernidade e a individualização[8]. Estes temas investigados por Simmel e Bauman[9] nos oferecem elementos teóricos de grande relevância para a compreensão do comportamento do homem contemporâneo, bem como a concepção de homem e de sociedade. Os dois autores procuraram compreender o papel da razão na modernidade, e teorizaram sobre o seu aspecto móvel, dinâmico e instável.
Dinheiro e consumo, objetivação e instrumentalização, ambigüidade e ambivalência[10] são temas abordados por estes autores em suas respectivas obras.
Simmel analisa as relações que os homens estabelecem na modernidade. Para ele,o dinheiro[11] e a metrópole trazem consigo a dualidade. O homem urbano da grande metrópole tem um estilo de vida em que acentua a individualização e a impessoalidade. As relações estabelecidas ficam ao nível da troca de dinheiro por mercadoria.
A utopia ou a felicidade eterna (paraíso) não são mais a condição de transcendência e a expressão da liberdade e a busca do “infinito”. Mas sim, a alienação ao grupo onde ele está inserido, o contexto social, o torna possível numa utopia meramente mercantil, a realização no paraíso das compras, tornando-se a causa da “desumanização” ( o mau infinito).
Apesar de ter sido um período de excepcionais conquistas da ciência, o século XX não terminou bem. Muitas são as razões para esse estranho paradoxo. O vazio e a crise pairam no ar. Sente-se um mundo fragmentado, seu sentido se perdendo nessas fraturas, com múltiplos significados e contradições. Juntas, ciência e técnica não param de surpreender e revolucionar. Mas, esta ciência vencedora é simultaneamente hegemônica e precária”.[12]
O desenvolvimento científico contribui para produzir e pensar novas formas de relação homem/mundo. A razão traduzida no comportamento científico busca uma verdade; objetiva, intemporal e absoluta[13].
Muitas vezes, esta hegemonia vem carregada de falta de ética, carregando uma tendência apenas comercial ou de mercado onde as cobaias são os humanos.
Discute-se, então, o sentido de palavras como Ética que significa modo de ser, a forma de organizar a própria vida, é comum a palavra ética se confundir com a palavra moral. Moral significa costume ou regras que determinam a vida. Assim, moral indica as normas e valores que orientam a vida do ser humano para a convivência social.
A partir deste ponto, muitos sistemas, variantes do capitalismo são criados, em paralelo às divisões sócias. Estas, por sua vez, privilegiam alguns e submetem a maioria a um trabalho imposto, rotineiro e nada criativo. Ao invés de contribuir para a realização do ser humano, ele se autodestrói, distorcendo o estado de direito (valores) trocando, liberdade por libertinagem, num jogo de vale tudo, onde a banalização da vida e o desregramento moral de uma sociedade é natural, à luz dos olhos do mundo e muitas vezes interpretados como diversão (brincadeira) ou por ingenuidade, atentam com uma limpeza étnica, em nome da moral e bons costumes, não mensurando as conseqüências dos seus atos.
Analisando o seguinte caso do “Assassinato do índio Pataxó Galdino que completa 10 anos, incendiado em ponto de ônibus em Brasília por Cinco rapazes de classe média que foram responsáveis pelo crime.”[14]
O que levaria jovens, filhos de pais bem sucedidos, universitários, a cometerem atos tão grotescos ante a um ser humano desprovido de haveres, distante de sua comunidade, indefeso e desorientado naquele ambiente?
Em um país, onde os direitos do cidadão são garantidos, (na Carta Magna em seu artigo 5º, caput ,(princípio constitucional da igualdade), inciso I, da CF dispõe que:“homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição”.)[15]jovens se acham no direito de cometer uma atrocidade “rancorosa” contra a diferença, quebrando regras da ordem, por acharem estar acima de qualquer lei, ou apostam na certeza da impunidade advinda do estado, ou na morosidade do sistema judiciário, responsável pelo cumprimento dos direitos igualitários.
Acusados, foram sentenciados por "desprezo com o semelhante" e não por assassinato, tiveram, aos olhos do mundo, suas penas abrandadas.[16]
Com olhos no sistema evolutivo, poderíamos dizer que tais eventos acontecem em todos os grupos sociais existentes. Mas, o que devo, e o que é aceito, passa por uma tendência de diferenciação e destaque no grupo, e da formação de lideres e submissões de outros, aos caprichos dos mais fortes e ou poderosos que, usam seu poder econômico para se manter no comando tribal e hierarquias familiares exercem um peso fundamental em decisões globais.
As gerações criadas no pós-modernismo e a criada com base na razão contemporânea (racional) querem livrar-se do diferente, de tudo fora da “ordem” (gays, lésbicas, negros, índios, aleijados, prostitutas) instalando ambivalência. Condição essa baseada no tudo pode se quero.[17]
No combate da ambivalência ou no restabelecer a ordem, acontece uma fragmentação sistêmica levando ao caos dos sistemas implantados. No caos, tais fragmentos se juntam em outra dimensão formando uma nova ordem.
“A moderna humanidade se vê em meio a uma enorme ausência e vazio de valores, ao mesmo tempo, em meio a uma desconcertante abundância de possibilidades”.[18]

Estas mesmas condições também ditam a fronteira do finito, sempre adiado para um futuro distante nesta constante metamorfose mundana.
O ser humano em sua evolução criou e destituiu diferentes sistemas organizacionais na tentativa de homogeneização de sociedade.
O atual sistema capitalista ocidental (diferentes aos orientais, asiáticos e europeu) criou uma sociedade heterogênea com uma grande diferenciação de valores, onde alguns visionários tentam a todo custo ter sucesso e para isso usam seus semelhantes como degraus para o progresso.
As posses se tornaram o centro, onde o individuo passa a ser o quanto possui. O dinheiro um produto “moeda” impessoal, escraviza, corrompe, desonra, e desqualifica o ser humano, por que, com ele se pode tudo.
O mundo capitalista instiga a todo e qualquer cidadão como ser capaz de ser ele, a empresa, onde é possível investir, ou qualquer poderia investir.
Outro exemplo a ser estudado é a Revista VOCÊ S/A mostrando a banalização do ter, ou parecer, sobre o ser.
Sucesso financeiro
Reunimos seis histórias de pessoas comuns que conquistaram um patrimônio acima de 1 milhão de reais antes dos 40 anos. Você vai ficar surpreso como pode ser fácil enriquecer.[19]

A corrida em busca do sucesso tem criado diversas frentes e tendências culturais, dependendo da capacidade de cada indivíduo, sua ascensão aos altos títulos e honras com ou sem “sucesso” financeiro, termo este usado para definir aqueles que atraíram para si maiores quantidades de bens, muitas vezes supérfluos. Não é possível todos atingirem o topo do sucesso financeiro em pouco tempo. A idéia de conquistar tudo o que se deseja não é regra e sim exceção, ou seja, uma pequena parcela da população, enquanto, os demais amargam as frustrações.
Nesta semana, o planeta assistiu a posse de um novo mito. O fenômeno OBAMA, jovem, inteligente, dinâmico, mas, com as rédeas da maior potência em suas mão. Em seu discurso diz: “nós podemos”, afirmação de grande abrangência, pois, poderia estar se referindo a classe sempre oprimida, negra e pobres e a solidariedade com os países miseráveis ou as armas químicas, é sabido que o presidente leva abordo uma maleta de controles para destruir um país ou mundo de qualquer ponto onde esteja, ou ainda ao trabalho digno, à paz a igualdade social, à união dos povos, à educação abrangente, mas o mundo espera que seja o maior sentido humanitário, e que possa mostrar que realmente quando se quer se pode em seu sentido mais amplo desta expressão.
E será através da educação-ação libertadora, uma saída para solucionar esta utopia, sendo necessário refletir e redirecionar continuamente o conceito de homem que somos e que vamos construindo ao longo da história. Educar é um processo que vai além de oferecer conhecimento, é oferecer e extrair o que de melhor existe dentro das pessoas.
Já na antiguidade via-se o processo de aprendizagem “educação” como algo gostoso ou se gostava de fazer (brincar). Platão diz, que a vida deve ser vivida como uma brincadeira, bem como, o que a pessoa tinha de melhor era instigado por Sócrates em sua ação de “ensinar”[20].
A filosofia desenvolve a investigação análise, discussão, formação e reflexão de idéias ou visões de mundo em um nível geral, abstrato ou fundamental. Devem ser questionados os objetivos da educação, tanto como da filosofia. Devemos sair da transmissão de conteúdo, rompendo com as teorias que apenas reforçam certas ideologias.
Assim como na Grécia filosofia surge como mudança de paradigma com ruptura entre mito e razão, novamente esta ruptura deverá acontecer.
Suplantar o velho passa por mudanças quase radicais dos espaços, (4 paredes), estilo (jesuítico), e em especial do ser humano. A meta deverá ser superar-se a educação para abastecer o mercado de trabalho, por cidadãos críticos com novos conceitos e visões, além de uma reformulação da LDB e projetos pedagógicos, onde os educandários sejam espaços de manifestação de sentimentos, qualidades e defeitos.

Considerações finais;
“Gosto de ser gente porque, inacabado, sei que sou um ser condicionado, mas, consciente do inacabamento, sei que pode ir mais além dele.” (PAULO FREIRE, 1999. P.59).

Assim, dentro da minha limitação humana e cientifica tentei me ater à linha de reflexão proposta pelo Professor sobre a antropologia cultural e filosófica. Atualmente estou na busca de respostas para problemas postos em nosso cotidiano, e através da disciplina de antropologia consegui me encontrar ou realinhar os filos de minha pesquisa e me aproximar de respostas aos enigmas “científicos” mundiais. Para nós educadores que necessitamos rever constantemente nossos paradigmas e nossos comportamentos, é de fundamental importância buscar e refletir, como feito nesta disciplina.
Sobre o título do trabalho, conjuguei todo conhecimento mundano subtraindo da minha memória auditiva o que dezenas de mestres, muitas vezes anônimos, colocaram na tentativa de fazer um homem melhor, com meu conhecimento científico limitado, impregnado de porquês, causa pelos quais, estou novamente em sala de aula, por pensar que através das somatórias das mais “diferentes” ciências, possa um dia ter algumas respostas e ou possa ser mestre contribuindo na melhoria do mundo, e com ele o ser humano, porque o conhecimento transforma, dignifica e cria novas dimensões.
Se educar é uma ação de dentro para fora e um processo que vai além de oferecer conhecimento, extraindo o que de melhor existe dentro das pessoas, estou tentando me lapidar por acreditar nos “humanos” que ainda conseguem vislumbrar uma luz no fim do túnel, e depositam suas fichas em seus pupilos na intenção de transcender com um novo paradigma.
Nesta etapa, com certeza muitos pontos não foram suficientemente debatidos entre o docente e discentes, o que poderia ter me posto em desorientação ideológica com distorções e interpretações errôneas dentro deste trabalho formal, e não ter conseguido atender as expectativas, ou por deficiência própria, não conseguir acompanhar estes moldes da educação.
“Hoje, como no passado, nos defrontamos com uma educação muito aquém da ideal, e que carrega em seu bojo questões, que foram largamente estudadas pela sociologia como as condições de discriminação, seleção e exclusão e sucesso. Em busca de mudanças nesta situação de calamidade vivida pela educação no Brasil, foi que educadores brasileiros realmente comprometidos com sua missão se aproximaram e se identificaram com as idéias de “Gramsci”. ” (Scocuglia, 1988).
“ A raiz mais profunda da politicidade da educação se acha na educabilidade mesma do ser humano, que se funda na sua natureza inacabada e da qual se tornou consciente.” (PAULO FREIRE,1999, P 124).
Homenageando Todos os mestres na pessoa do Doutor GUINDANI, somado aos poderes que regem as tendências psico-socio-culturais de um país ou do mundo, com quem faz acontecer a política, com política públicas e do povo, novos rumos serão dados as futuras gerações, que, com certeza poderão se amparar na educação, usufruindo do conhecimento para uma melhor desempenho de suas funções comunitárias e com muito mais qualidade de vida, porque;
“O conhecimento gera o poder e quem detém o poder tem conhecimento e o utiliza como força de manobra para o bem ou mal de seus grupos sociais. (supra-sumo filosófico-cultural)”.












REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS


ARAUJO. Maria Lucia Arruda & MARTINS.Maria Helena Pires. Filosofando SP. 1996.

CHAUI Marilena Filosofia Série Brasil. (Didático. 2006)

FERREIRA, Tatiana.O mito do consumo.
http://pt.shvoong.com/humanities/h_philosophy/1786955-mito-consumo/ (pesquisado em 20/1/2009.
HABEMAS (in – ARAUJO. Maria Lucia & MARTINS.Maria Helena Pires ).Filosofando.p, 6 a 8 ( didático-2008)

GUINDANI. Evandro Ricardo. Apostila e anotações de aula UPAP. PY.(10 e 11/01/2009)
OLIVIERI, Antonio Carlos. A fé na razão e a valorização da ciência.
.http://educacao.uol.com.br/filosofia/ult3323u2.jhtm

_____________A ética e os estereótipos irracionais
http://educacao.uol.com.br/filosofia/ult3323u16.jhtm

OLIVEIRA. Pérsio Santos Sociologia 25º edição. capítulo 8, pg 151 a 157

RODRIGUES, José Antonio. Monografia de especialização em filosofia e sociologia, IDEAL, 2006.

SILVA. Natalina Salete Bertoncello. A Filosofia em Todos os Tempos 2º edição 2004
SIMMEL e BAUMAN: Revista Eletrônica dos Pós-Graduandos em Sociologia Política da UFSC - Vol. 4 n. 1 (1), agosto-dezembro/2007
http://www.emtese.ufsc.br/vol4_art6.pdf (pesquisado em 13/01/2009)

http://www.brasilescola.com/psicologia/consumismo.htm (pesquisado em 25/11/2008)
http://pt.shvoong.com/humanities/h_philosophy/1786955-mito-consumo/ (pesquisado em
05/12/2008.
http://www.policiacivil.sc.gov.br/beta/default.asp?ver=vernoticias&cod=1610 (pesquisado em 06/01/2009)
http://www.quatrocantos.com/LENDAS/67_nepotismo.htm acessado em 06-01-2009

Texto-síntese do livro Ética e poder na sociedade da informação; de como a autonomia das nvas tecnologias obriga a rever o mito do progresso. Ed. Unesp,durante a 24ª Reunião Anual da ANPEd, Caxambu-MG, 2001. http://jus2.uol.com.br/pecas/texto.asp?id=290



[1] ARRUDA, Maria Lucia Arruda & Maria Helena Pires Martins. filosofando pág 6
[2] OLIVEIRA, Pérsio de. Sociologia. Capitulo 8, pg. 151- 157.
[3] Habermas
[4] CRQ – Conselho regional de Química (segredos das ciências)
[5] Referenciando- Natalina Salete Bortoncello “a filosofia em todos os tempos”
[6] In Chowi Marilena Filosofia serie Brasil p-5
[7] In chowi Marilena filosofia série Brasil p-6
[8] A modernidade e a individualização são dois dentre os temas de maior relevância nos debates das ciências sociais, são os temas centrais presentes no trabalho de dois grandes pensadores: Simmel e Bauman.

[9] Simmel, como um dos fundadores da sociologia, e Bauman, como um dos mais produtivos sociólogos da atualidade, desenvolveram uma teoria da modernidade, e também uma teoria da individualização.

[10] Tanto para Simmel quanto para Bauman há um reconhecimento de que a existência humana é profundamente ambígua. A compreensão de ambos à cerca da modernidade é marcada por esse reconhecimento da ambigüidade. Para Simmel a modernidade, em suas contradições, não reflete nada mais que a ambigüidade humana fundamental. E para Bauman a modernidade significou uma luta contra essa ambigüidade, uma tentativa de sujeitá-la ao domínio racional

[11] O dinheiro tem papel fundamental na teoria da modernidade desenvolvida por Simmel, representa, conjuntamente com a metrópole, os fatores centrais do modo de vida moderno.O dinheiro é, para Simmel, a força que une e afasta. Ao se tornar meio de troca universal, o dinheiro permite uma aproximação entre diversas pessoas. Todos podem se comunicar pela linguagem universal do dinheiro. Por via do comércio – que com a modernidade é comércio global – o dinheiro aproxima pessoas que nunca estariam próximas de outro modo. Por outro lado, ele afasta. Afasta porque a relação social estabelecida por meio do dinheiro é meramente instrumental. O contato que se dá através do dinheiro – ao contrário das trocas comerciais de sociedade sem dinheiro – é impessoal, não cria vínculos que possam perdurar, é uma relação social em que o objeto (o dinheiro) adquire a centralidade. Além disso, o dinheiro opera um nivelamento gradual do social, ele reduz tudo à relação comercial. Com o dinheiro tudo se torna passível de ser medido e contabilizado, o valor se reduz ao valor monetário. A lógica do cálculo da economia monetária penetra a modernidade e influencia decisivamente no caráter racional da modernidade. Dentro da lógica do cálculo racional, o dinheiro torna tudo indiferente, destrói as diferenças, pois, em última instância, através dele tudo pode ser obtido.

[12] Texto-síntese do livro Ética e poder na sociedade da informação;
de como a autonomia das novas tecnologias obriga a
rever o mito do progresso, publicado pela Ed. Unesp, referência
para a exposição do autor no GT Sociologia da Educação, durante
a 24ª Reunião Anual da ANPEd, realizada em Caxambu-MG, de 7
a 11 de outubro de 2001.

[13]Identidade e diferença em movimento:
ressonâncias da obra de Deleuze
Ver.Dep.psicol. UFF v.18 n.2 niteroi jul.2006
[14] Nota da internet http://www.quatrocantos.com/LENDAS/67_nepotismo.htm
[15] Carta magna artigo 5°, inciso I, da CF.

[16] Nota de internet http://jus2.uol.com.br/pecas/texto.asp?id=290
[17] Simmel e Bauman ( o mundo sólido) tudo visto com desconfiança
[18] Berman , p 21
[19] Revista VOCÊ S/A
[20] RODRIGUES, José Antonio. Monografia de especialização em filosofia e sociologia, IDEAL, 2006.

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